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Governo de Rondônia inicia distribuição de água

Na segunda-feira (9), o governo de Rondônia, por meio da Secretaria da Assistência e do Desenvolvimento Social (Seas) e da Defesa Civil, deu início à distribuição de água potável para 208 famílias residentes em áreas com grave escassez hídrica ao redor do Rio Madeira, em Porto Velho. A primeira comunidade a receber a ajuda foi a Brasileiro. Nesta terça (10) e na quarta-feira (11), moradores de Bom Será e Cujubim Grande também serão atendidos.

A operação, que conta com o suporte da Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil, prevê a entrega de aproximadamente 16.200 garrafas de água de 2 litros, totalizando 32.400 litros. A distribuição visa aliviar a escassez de água potável em uma região severamente afetada pela seca.

O governador Marcos Rocha enfatizou que o objetivo é garantir o acesso à água.

A secretária da Seas, Luana Rocha, reforçou o esforço da secretaria em colaborar com os municípios para atender a população vulnerável. Ela ressaltou que a crise hídrica não só afeta a segurança alimentar e o nível de vida das pessoas, mas também provoca sérios danos econômicos.

Crise do Rio Madeira

O nível do Rio Madeira registrou recordes de mínimas históricas pelo terceiro dia consecutivo. Na madrugada desta terça (10), o nível chegou a 67 centímetros em Porto Velho, o menor desde o início do monitoramento em 1967 pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB). O Rio Madeira, com quase 1.500 quilômetros de extensão, é um dos principais afluentes do Amazonas e abriga mais de 50 comunidades ribeirinhas em Porto Velho.

Com a seca extrema, os poços locais secaram e a margem do rio, que antes ficava próxima às casas, agora está distante quilômetros. Ribeirinhos têm enfrentado dificuldades severas, precisando caminhar grandes distâncias para realizar tarefas cotidianas.

Famílias ribeirinhas, que antes dependiam da água do rio ou de poços, agora enfrentam o desafio de viver com menos de 50 litros de água por dia, bem abaixo dos 110 litros recomendados pela ONU para atender às necessidades básicas.

A geração de energia também é afetada, com as hidrelétricas Jirau e Santo Antônio operando com apenas parte de suas turbinas devido à baixa vazão do rio.