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Aumento de queimadas no Amazonas intensifica crise

O Amazonas registrou 930 focos de queimadas nas últimas 24 horas, de acordo com dados da plataforma BDQueimadas, gerida pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O número refere-se ao dia 12 de setembro e representa um aumento significativo em relação à média diária do mês, que era de 238 focos até o dia 11.

Este incremento fez com que o Amazonas fosse o segundo estado com mais focos de queimadas no Brasil no dia, atrás do Mato Grosso, que lidera com 974 focos.

O aumento dos incêndios levou todos os 62 municípios do Amazonas a serem declarados em estado de emergência devido à seca severa e às queimadas.

Em setembro de 2024, o estado já registrou 3.550 focos de queimadas nos primeiros 12 dias. O número do dia 12 representa um aumento de 290,7% em comparação à média diária do mês até então.

O histórico de focos de queimadas no Amazonas durante setembro mostra variações significativas: 261 focos no dia 1º, 540 no dia 2, e 930 no dia 12.

O aumento dos focos de calor no Amazonas também reflete um padrão mais amplo. Em agosto de 2024, o estado registrou mais de 7 mil focos de calor, um aumento considerável em relação aos 4 mil do mesmo mês em 2023. O mês de julho teve o maior número de queimadas em 26 anos.

Incêndios recentes têm causado danos significativos. Em Manacapuru, um incêndio próximo a um estaleiro ameaçou embarcações atracadas. Em Boca do Acre, o fogo quase alcançou áreas residenciais, e em Apuí, um incêndio de grandes proporções afetou uma área de pasto.

Os principais focos de calor estão localizados na região sul do estado, onde a pecuária é predominante. O Corpo de Bombeiros aponta que muitos incêndios em áreas de vegetação são causados por ação humana.

A crise de queimadas também tem impactos na população. A fumaça gerada pelos incêndios afetou o sul do estado e cobriu Manaus com uma densa neblina por quatro dias. Além disso, a fumaça resultante dos incêndios chegou até a Região Sul do país.

As condições climáticas e a ação humana continuam a agravar a situação, exigindo medidas de resposta e prevenção mais eficazes.