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Queimadas em Rondônia crescem 300%

Nos primeiros quinze dias de setembro, Rondônia registrou mais de 1,5 mil focos de queimadas, um número três vezes superior ao total de 465 focos identificados entre janeiro e junho de 2024. As informações são do "Programa Queimadas" do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que revela um aumento significativo em comparação ao mesmo período do ano anterior, quando foram contabilizados 1.490 focos.

Até o momento, o estado somou 8.137 focos de incêndio em 2024, representando um aumento de 106% em relação ao total de 3.941 focos registrados entre 1º de janeiro e 15 de setembro de 2023. Esses dados marcam o pior resultado em cinco anos, com a última vez que o estado teve um número mais alto de queimadas ocorrendo em 2019, quando 9.171 focos foram identificados.

Agosto de 2024 foi o mês mais crítico, com os incêndios correspondendo a 55% de todos os registros do ano até 15 de setembro. O aumento das queimadas coincide com a continuidade da seca extrema no estado, que está gerando preocupações adicionais. O Rio Madeira, por exemplo, atingiu um marco histórico ao ficar abaixo de 1 metro pela primeira vez desde o início do monitoramento em 1967. No dia 14 de setembro, o nível do rio em Porto Velho foi registrado em 41 centímetros, o que representa um novo recorde de baixa.

Os dados do Inpe indicam que um foco de queimadas precisa ter pelo menos 30 metros de extensão por 1 metro de largura para ser detectado por satélites de órbita, enquanto os satélites geoestacionários exigem o dobro desse tamanho. Atualmente, Rondônia ocupa a oitava posição entre os estados brasileiros com mais focos de queimadas.