O governador do Pará, Helder Barbalho, assinou um decreto que declara situação de emergência em todo o estado, devido ao agravamento das queimadas e da seca. A medida foi tomada em resposta à estiagem prolongada que afeta diversas regiões do Pará, resultando na redução dos níveis de água em reservatórios, rios e aquíferos. O decreto considera os impactos significativos na agricultura, no abastecimento de água potável, na pecuária e em outras atividades econômicas essenciais.
A declaração de emergência é de nível 2 e abrange todo o território paraense. O documento destaca não apenas a estiagem, mas também os incêndios florestais que têm ocorrido em parques e áreas de proteção ambiental, além de regiões não protegidas.
Em sua fala, Barbalho enfatizou a gravidade da situação, citando um aumento de 200% nos focos de queimadas em comparação com o mesmo período de 2023. Ele informou que brigadistas e equipes estão mobilizados nas áreas mais críticas, utilizando equipamentos e aeronaves para combater os incêndios.
O decreto também prevê a mobilização de todos os órgãos estaduais, coordenados pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, para ações de resposta ao desastre e recuperação das áreas afetadas. Está prevista a execução de programas prioritários de recuperação e a convocação de voluntários.
Além do decreto, o governador anunciou um plano emergencial que envolve a colaboração de diversas secretarias estaduais. Esse plano busca integrar esforços para enfrentar a crise ambiental e seus desdobramentos.
A estiagem prolongada tem causado sérios danos ambientais, incluindo a morte e migração de espécies da fauna, destruição da vegetação e aumento do risco de queimadas. Essas condições não apenas prejudicam a qualidade do ar, mas também contribuem para as mudanças climáticas.
As regiões mais afetadas pela seca e pelas queimadas incluem Araguaia, Baixo Amazonas, Carajás, Guajará, Guamá, Lago de Tucuruí, Marajó, Rio Caeté, Rio Capim, Tapajós, Tocantins e Xingu. A declaração de emergência visa proporcionar uma resposta ágil e coordenada diante desse cenário crítico, buscando mitigar os impactos na vida e na economia da população do estado.