O estado registrou mais de 5 mil focos de queimadas em 2024, segundo o Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac). O combate às queimadas e crimes ambientais envolve diversas instituições, como o Imac, a Secretaria de Meio Ambiente (Sema) e as forças de segurança.
Segundo Julie Messias, secretária estadual de Meio Ambiente, a atuação integrada tem sido importante para enfrentar as ações ilegais de forma mais efetiva. Além das operações de campo, as ações contam com monitoramento remoto realizado pelo Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma).
Entre janeiro e setembro, os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que o Acre teve 5.073 focos de queimadas, o que representa 77% do total registrado em 2023. O número já é superior ao acumulado no mesmo período do ano passado, quando 1.466 focos foram contabilizados. Municípios como Feijó e Tarauacá se destacaram entre os mais afetados, enquanto cidades como Capixaba e Plácido de Castro apresentaram menos incidências.
A Operação Sine Ignis visa não apenas combater as queimadas, mas também atuar na investigação de possíveis causas. As equipes da Força Nacional, que permanecem no estado por 90 dias, trabalham em conjunto com as polícias Civil e Federal para apurar a origem dos incêndios provocados por ação humana.
Em paralelo, o Acre também lida com o desmatamento crescente. O município de Feijó foi o que mais desmatou na Amazônia (aprox. 47 km²) em julho de 2024, de acordo com o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). No total, o estado desmatou 142 km² no período.