Queimadas na Amazônia afetam o país

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O mês de setembro de 2024 tem mostrado sua severidade com altas temperaturas, umidade extremamente baixa e milhares de focos de incêndio em todo o Brasil. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicam que, entre as 21h de domingo e 21h de segunda-feira, foram registrados 3.432 focos de calor na Amazônia, o maior número do ano até agora. A fumaça desses incêndios está sendo transportada para o Sul do país, conforme relatado pela MetSul e a Empresa de Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), devido a um corredor de ventos que move a fumaça ao longo de milhares de quilômetros.

Santa Catarina já enfrenta a presença de fumaça no céu desde o mês passado, e a fumaça tem causado problemas em outras regiões também. Em Rio Branco, no Acre, mais de 20 mil estudantes tiveram as aulas suspensas devido à visibilidade reduzida e à poluição do ar. Em Rondônia, o governo estadual decidiu cancelar o desfile de 7 de Setembro em resposta às condições adversas. Além disso, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta laranja para 15 estados e o Distrito Federal, indicando riscos devido à baixa umidade, que pode cair abaixo de 20%, aumentando o risco de incêndios e problemas de saúde.

Diante da crise, o Ministério Público Federal (MPF) entrou com uma ação civil pública solicitando a liberação urgente de recursos para a contratação de brigadistas e a aquisição de equipamentos para combater os incêndios. A ação pede a contratação de 15 brigadas com 450 brigadistas e a disponibilização de aeronaves e equipamentos de proteção. O MPF também sugere que o governo federal requisite bombeiros militares de outros estados como uma alternativa à contratação de novos brigadistas.