Incêndios atingem parque Guajará-Mirim

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Há dois meses, incêndios criminosos afetam severamente o Parque Estadual Guajará-Mirim, uma das maiores unidades de conservação de Rondônia, com 216 mil hectares. Até o momento, o fogo destruiu 73 mil hectares, o que corresponde a 33% da área total do parque e é cinco vezes maior que a zona urbanizada de Porto Velho.

Os incêndios, que começaram a ser registrados em 11 de julho, rapidamente se expandiram, tornando-se o maior foco de queimadas no estado. A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam) identificou ações criminosas como causa principal dos incêndios, com evidências como garrafas de combustíveis e pegadas encontradas próximas aos focos.

O combate aos incêndios tem sido dificultado pela falta de apoio aéreo e pela ação de criminosos que colocam armadilhas para os brigadistas. As equipes de combate, inicialmente compostas por 12 pessoas e sem apoio aéreo, enfrentaram enormes dificuldades devido ao terreno e à extensão das chamas. A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam) tentou obter apoio aéreo do Núcleo de Operações Aéreas (NOA), mas o mau tempo impediu a operação. Mais recentemente, o governo de Rondônia solicitou apoio aéreo ao governo federal.

Para enfrentar a situação, o Ministério Público de Rondônia lançou a Operação Temporã, envolvendo mais de 200 agentes de diversas instituições. A operação já conseguiu controlar duas das três grandes frentes de incêndio ativas. Até 5 de setembro, Rondônia registrou 7.282 focos de queimadas em 2024, o maior número para o período em 14 anos.