Vazamento radioativo sob suspeita no Acre

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Visitas técnicas do Sindicato dos Médicos do Acre (SINDMED-AC) em hospitais de Feijó, Sena Madureira e Manoel Urbano levantaram suspeitas de exposição da população a altos níveis de radiação. A análise aconteceu devido ao funcionamento de aparelhos de Raio-X em salas improvisadas, sem o isolamento adequado. Uma denúncia foi enviada ao Ministério Público Estadual, ao Conselho Regional de Medicina e à Secretaria Estadual de Saúde (SESACRE), além de ser encaminhada à Comissão Nacional de Energia Nuclear.

O SINDMED constatou a ausência de estruturas apropriadas para impedir a contaminação. No caso de Sena Madureira, o aparelho de Raio-X está posicionado em direção a uma parede que se abre para a rua, expondo vizinhos a radiação primária e secundária. O vice-presidente do sindicato, Rodrigo Prado, ressaltou que a situação já havia sido discutida em reuniões com a SESACRE.

Ainda segundo Prado, o prédio do Ministério Público Estadual de Sena Madureira pode estar recebendo radiação secundária do aparelho, expondo os trabalhadores locais. Em Feijó, o Raio-X está localizado em um almoxarifado, deixando servidores e pacientes vulneráveis. O sindicato pediu ajuda à Comissão Nacional de Energia Nuclear para investigar o caso.

Acontece o mesmo em Manoel Urbano, levantando preocupações sobre o isolamento em todo o estado. O objetivo da denúncia é evitar um incidente como o ocorrido em Goiânia, em 1987, quando a exposição ao Césio-137 resultou em mortes, após pessoas levarem material radiológico para casa, acreditando ser um objeto valioso. A investigação visa proteger a saúde da população e assegurar a correta utilização dos equipamentos.