Vereador flagrado com ouro é solto

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O Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR) concedeu liberdade ao vereador e presidente da Câmara Municipal de Boa Vista, Genilson Costa (Republicanos), na quinta-feira (10). Ele havia sido preso no domingo de eleição (6) pela Polícia Federal (PF) com R$ 26 mil em espécie, uma arma e uma quantia em ouro. A defesa de Genilson solicitou o habeas corpus, que foi aceito por quatro votos a dois no TRE. O vereador estava sendo investigado por suspeita de compra de votos ou "boca de urna". O vereador foi preso após ser reeleito como o terceiro mais bem votado.

Durante a sessão, a juíza relatora do caso, Joana Sarmento de Matos, pediu a manutenção da prisão preventiva, decisão originalmente decretada pelo juiz de primeira instância, Angelo Augusto Graça Mendes. O voto de Joana foi acompanhado pelo juiz eleitoral Marcus Gil Barbosa Dias. No entanto, a maioria optou pela liberação de Genilson. Votaram a favor da liberdade a desembargadora Tânia Vasconcelos e os juízes Cláudio Belmino, Renato Albuquerque e Victor Oliveira de Queiroz. O procurador eleitoral Alisson Marugal também recomendou o habeas corpus.

Com a decisão, Genilson foi solto após quatro dias detido na Penitenciária Agrícola de Monte de Cristo. Ele foi preso após a PF realizar buscas em sua residência, onde encontrou parte dos R$ 26 mil, além de listas rasgadas com nomes de possíveis eleitores e 1,7 gramas de ouro em estado bruto, que foi avaliado em cerca de R$ 797, considerado relevante devido à suspeita de ligação com o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami. Segundo a PF, denúncias indicaram que eleitores teriam recebido R$ 100 e materiais de campanha relacionados ao vereador.