AM: aporte na educação e desafios em Manaus

Estado aumenta recursos, mas capital não vai bem nos rankings

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De 2019 a 2024, o Governo do Amazonas, chefiado por Wilson Lima (União) investiu mais de R$ 760 milhões na educação da capital, com foco em reformas, construção de escolas, qualificação de professores e aquisição de materiais pedagógicos. Ao todo, mais de um milhão de alunos foram beneficiados pelas políticas educacionais e pelo suporte a projetos voltados para inovação no ensino.

Entre os principais destaques está a inauguração, em 2023, da Escola de Educação Profissional e Tecnológica Bernardo Ramos, voltada para a formação na área de Gastronomia. Além disso, o estado implantou oito escolas bilíngues na cidade, que atendem 5.579 alunos nos cursos de inglês, francês, espanhol e japonês.

No entanto, o Ranking de Competitividade dos Estados e Municípios 2024, divulgado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), apontou uma queda significativa da cidade no acesso à educação e à saúde.

Sob a gestão do prefeito David Almeida (Avante), Manaus perdeu 33 posições no ranking educacional, refletindo desafios na taxa de matrículas no Ensino Fundamental e Médio, além de uma queda na oferta de escolas de tempo integral. As dificuldades observadas também se refletiram na perda de uma posição geral em qualidade de educação.

Paralelamente a essa avaliação negativa, a gestão de Almeida celebrou os dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que indicam um salto positivo no desempenho das escolas municipais. Segundo o Ideb, divulgado em setembro deste ano, Manaus alcançou a 5ª posição nacional em qualidade nos anos finais do ensino fundamental.

A capital também apresentou um crescimento significativo na nota dos alunos dos anos iniciais, subindo de 5,5 para 6,2. Esses números colocaram a cidade entre as cinco melhores redes de ensino do país, à frente de capitais como Rio de Janeiro e Fortaleza.

Embora o ranking do CLP aponte deficiências no acesso e cobertura de matrículas, o crescimento registrado pelo Ideb indica avanços na qualidade da educação básica. Manaus vive um paradoxo educacional: enquanto o prefeito comemora conquistas no Ideb, a cidade enfrenta desafios em áreas relacionadas ao acesso universal à educação e equidade na distribuição dos recursos escolares.