Pará arrecadou US$ 15,7 bi com exportações minerais

Estudo aponta geração de 78 mil empregos no setor em 2023

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Em 2023, o Pará consolidou-se como um dos principais polos da mineração no Brasil, representando 43,5% do valor exportado pelo setor mineral nacional, com uma movimentação de US$ 15,7 bilhões. O Estado alcançou a marca de 17,7% da produção nacional, mantendo-se como o segundo maior produtor do país, atrás de Minas Gerais, conforme dados da Agência Nacional de Mineração (ANM).

O Boletim da Mineração 2024, publicado pela Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), apresenta uma análise detalhada da evolução produtiva e comercial do setor mineral no Pará, incluindo o impacto na geração de empregos e renda. Municípios como Parauapebas, Canaã dos Carajás, Marabá, Paragominas e Oriximiná destacam-se pela produção e arrecadação de royalties, impulsionados por grandes projetos e investimentos.

Em relação ao mercado de trabalho, o setor mineral paraense empregou formalmente 78 mil pessoas em 2023 um aumento de 50% em relação a 2014 e de 21,9% comparado a 2022. rojeções do Ministério de Minas e Energia indicam que cada emprego direto no setor extrativo mineral resulta em 13 empregos indiretos.

A produção mineral do Pará é composta principalmente de minerais metálicos, como ferro, alumínio e cobre. Nesse aspecto, o ferro lidera com 82,6% das exportações da indústria extrativa estadual, seguido pelo cobre, com 15%, e a bauxita, com 0,9%.

Sendo o ferro o mineral mais representativo na economia do estado, com o Pará correspondendo a 30% da produção brasileira em 2023, equivalente a 174,7 milhões de toneladas. O estado ficou atrás apenas de Minas Gerais, que produziu 391,5 milhões de toneladas, correspondendo a 67,3% da produção nacional.

Outro destaque é o minério de cobre. Em 2023, o Pará foi responsável por 57,8 milhões de toneladas de cobre, representando 60,6% da produção brasileira, seguido por Goiás, com 31% do total nacional. Entre 2011 e 2023, o Pará quadruplicou a sua produção de cobre, passando de 15,2 milhões para 57,8 milhões de toneladas.

O Boletim também aponta a relevância do setor para a elaboração de políticas públicas e estudos sobre desenvolvimento sustentável, considerando o impacto ambiental da atividade.