60 toneladas de alimentos para alunos indígenas

Programa no Acre compra de produtores locais e leva às escolas

Por

O governo do Acre concluiu a implementação do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) na Terra Indígena Kaxinawá de Nova Olinda, localizada no município de Feijó. A operação, que envolveu deslocamentos por rodovia e rios, foi feita pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Acre (Emater) e pela Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri). A viagem de Rio Branco à comunidade durou em torno de 10 dias.

Os técnicos chegaram à Terra Indígena no dia 22 de outubro, após três dias de viagem. Durante outros três dias de permanência na localidade, foram promovidos seminários e reuniões para ajustar os detalhes da operação, além de atividades culturais realizadas em parceria com a comunidade indígena.

Por meio do PAA, o governo federal compra alimentos da agricultura familiar e destina esses itens a pessoas sem acesso regular a alimentação adequada, além de beneficiar a rede pública de assistência social. O programa, que busca fortalecer a agricultura familiar e garantir segurança alimentar e nutricional, proporciona ainda a geração de renda para os agricultores locais.

Na Terra Indígena Kaxinawá de Nova Olinda, o PAA estimulou o cultivo de mandioca, milho e frutas nativas, essenciais para preservar a cultura da comunidade. As famílias que participaram do projeto entregaram cerca de 60 toneladas de alimentos, incluindo farinha, goma, abacaxi, mamão, banana, pimenta-de-cheiro, açaí, jerimum, macaxeira, amendoim, batata-doce e milho verde. Esses produtos foram distribuídos em quatro escolas estaduais da comunidade, beneficiando cerca de 270 alunos indígenas.

O projeto conta com a parceria da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e das associações indígenas Aspakno e Akaf, responsáveis pela organização dos agricultores locais. Na modalidade Compra com Doação Simultânea (CDS), o programa, financiado pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, atua no Acre por meio da Conab.

As associações Aspakno e Akaf reuniram 45 famílias que comercializam seus produtos por contratos estabelecidos com a Conab, somando mais de R$ 520 mil. Em torno de 70% dos produtores que participam da iniciativa são mulheres, que atuam diretamente na produção e comercialização.