As obras de restauração da Fortaleza de São José de Macapá estão em andamento com foco na aplicação de argamassas em estruturas de alvenaria e intervenções nas subcoberturas. A revitalização começou em agosto e faz parte de uma parceria entre os Governos do Amapá e Federal. O projeto integra o plano de valorização dos patrimônios históricos e culturais da região.
A primeira etapa incluiu a retirada completa do telhado e a análise do madeiramento para substituição de partes comprometidas. Para atender essa fase inicial e as futuras, foram realizadas instalações elétricas e hidráulicas provisórias. Os trabalhos abrangem a fachada principal e as edificações internas, começando pela Casa do Comandante e se expandindo pelo monumento.
A fase atual é focada no retelhamento e os reparos na estrutura metálica. O novo material será instalado de forma intercalada com telhas reaproveitadas, mantendo o estilo original. A recuperação também inclui as rampas de acesso aos baluartes, destacando o cuidado com a preservação da arquitetura.
As atividades seguem um ritmo organizado para preservar os traços históricos da construção. Após a conclusão dessa etapa, o foco será a casa de armas e a área de alimentação. Para os trabalhadores, a obra representa oportunidades. Renato Santos, pedreiro de 31 anos, faz parte da equipe de trabalho e destacou que voltar ao mercado de trabalho foi uma grande oportunidade. Ele afirmou que "se sente importante ao atuar na restauração de um local histórico é significativo", pois permite que ele deixe um legado para sua família e para a população amapaense.
O projeto de restauração, aprovado pela Lei Rouanet, conta com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que investiu R$ 27 milhões, com uma contrapartida de R$ 5 milhões do Tesouro Estadual. A obra tem um orçamento total de R$ 44 milhões e deve se estender por dois anos.
O local histórico, inaugurado em 1782 e tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1950, tem quase 30 mil metros quadrados e é um dos mais antigos pontos turísticos de Macapá. Em 2007, foi transformado em museu. Atualmente, a Secretaria de Estado da Cultura é responsável pela administração do espaço.