No último fim de semana, no sábado (2/11) e no domingo (3/11), o Governo do Amapá iniciou uma ação emergencial para apoiar moradores da região Norte do arquipélago do Bailique, no distrito de Macapá. As 34 comunidades impactadas pela salinização dos rios e pela estiagem receberam água potável, alimentos e serviços de saúde.
A medida busca reduzir o impacto ambiental e econômico da falta de água, que compromete a agricultura e a pesca, principais atividades locais.
Com a baixa do nível do rio, que dificulta o acesso à área, a distribuição começou pela comunidade de Arraiol, onde cerca de mil pessoas se reuniram para obter suprimentos e atendimento.
As equipes distribuíram 120 mil litros de água potável, 250 galões de 20 litros de água mineral e 250 kits de alimentos. A população também teve acesso a serviços de saúde, como aferição de pressão, testes de glicemia, consultas com clínico geral e medicamentos.
Além disso, o hipoclorito de sódio foi entregue aos moradores, para que possam tratar a água consumida diariamente. Pacientes com necessidade de atendimento avançado são encaminhados aos hospitais do município.
Essa ação é parte de um esforço do Governo do Amapá para reduzir as dificuldades enfrentadas pelas famílias de Bailique, impactadas anualmente pela seca e erosão. Desde o ano passado, o governo realiza ações emergenciais para assegurar o acesso à água.
A Companhia de Água e Esgoto (Caesa) realizou um levantamento socioeconômico em 38 comunidades do arquipélago, distribuindo caixas d'água com capacidade de 2 mil litros, a fim de manter o fornecimento de água doce. Ademais, os kits de alimentos e de higiene foram distribuídos para complementar a assistência.
Após as entregas na comunidade de Arraiol, a equipe se deslocou para a Vila Progresso, onde dará continuidade à distribuição de água e alimentos.
A força-tarefa conta com o apoio da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Caesa e Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS), junto a diversas secretarias estaduais.
As ações continuarão até esta terça-feira, 5, quando se prevê o encerramento das atividades na região, mas com a manutenção do suporte até a normalização da situação.