BNDES aprova verba para conectar alunos no Norte
A empresa Rix Internet realizará solução de infraestrutura
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou operações do programa BNDES Fust - Escolas Conectadas, totalizando R$ 56,7 milhões. Com foco nas regiões Norte e Nordeste, os recursos, não reembolsáveis e provenientes do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), foram destinados às empresas Rix Internet (R$ 34,4 milhões), Norte Brasil Network (R$ 20,4 milhões) e Instituto Tecnológico Inovação - ITI (R$ 1,9 milhões), selecionadas por chamada pública em agosto de 2023.
Ações no Norte
No Norte, a Norte Brasil Network será responsável pela implantação e fornecimento do serviço nos estados do Acre e Amazonas, beneficiando diretamente 526 escolas. A Rix Internet atuará nos estados do Amapá e Pará, conectando 529 instituições de ensino. Essas operações visam reverter o cenário de baixa conectividade na educação básica, que compromete o acesso a ferramentas digitais essenciais para o aprendizado. Das 1.396 escolas contempladas pelo programa, 76% estão na Região Norte, reafirmando o compromisso de promover inclusão digital em áreas historicamente negligenciadas. A previsão é beneficiar mais de 500 mil estudantes, reduzindo desigualdades regionais e melhorando a infraestrutura educacional.
Transformação digital
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou a importância da conectividade:
"A conectividade é tão fundamental quanto a luz no século XXI. Queremos garantir ao estudante da escola pública as mesmas condições de um estudante de escola particular." O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, reforçou a meta do governo federal:
"O Fust é uma ferramenta essencial para melhorar a educação, levando internet de qualidade a todos os alunos das escolas públicas." Dados do Censo Escolar 2023 revelam que, embora 88% das escolas públicas declarem ter internet, a qualidade e o uso da conexão variam significativamente. A Estratégia Nacional de Escolas Conectadas (Enec), instituída pelo Decreto nº 11.713/2023, prevê R$ 6,5 bilhões até 2026 para melhorar a conectividade, especialmente em áreas remotas, como as escolas ribeirinhas da Amazônia.