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Rio Branco pode decretar Estado de Emergência

Por Mateus Lincoln

O prefeito em exercício de Rio Branco, Alysson Bestene (PP), e o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, anunciaram a possibilidade de decretar situação de emergência em razão do aumento de casos de dengue, Zika e chikungunya.

A decisão será baseada na avaliação dos números registrados e na situação das unidades de saúde.

Em coletiva de imprensa, Bestene afirmou que os dados de controle vetorial e as comparações com o ano anterior indicam que a situação pode ser considerada emergencial.

Ele destacou que a definição do decreto depende da compilação completa das informações, trabalho conduzido pela Secretaria Municipal de Saúde e pelo setor de vigilância.

Desde dezembro, segundo informou à reportagem o secretário Rennan Biths, a prefeitura vem realizando mutirões de limpeza na cidade, ação iniciada pela gestão do prefeito Tião Bocalom (PL).

De acordo com Biths, a estratégia combater a sazonalidade das arboviroses, especialmente no período chuvoso.

"A gente vai continuar reforçando as equipes e monitorando para intensificar as ações nos diversos bairros da capital", garantiu o secretário.

Conforme dados da Secretaria Municipal de Saúde, em 2024, Rio Branco notificou 11.813 casos suspeitos de dengue. Desses, 1.273 foram confirmados, 10.293 descartados, e 247 ainda estão em análise.

Arboviroses

Em nota, a secretaria esclareceu que "as arboviroses são um grupo de doenças virais transmitidas principalmente por artrópodes, como mosquitos e carrapatos".

Além disso, a pasta informou ainda que os principais vetores das arboviroses na região são os mosquitos dos gêneros Aedes, Culex e Anopheles.

Entre as ações implementadas pela prefeitura estão visitas às residências para informações, vistorias e borrifação.

A Diretoria de Vigilância em Saúde também promove ações de educação sanitária, enquanto a Secretaria de Cuidados com a Cidade realiza a remoção de entulhos nos locais com maior índice de infestação.

Nas unidades de saúde, a população recebe atendimento para casos suspeitos, incluindo exames, consultas e, quando necessário, medicamentos.