O projeto "Promotor de Saúde Prisional", desenvolvido no Amapá, foi selecionado pelo Ministério da Saúde para ser apresentado em um seminário nacional. A iniciativa é a única da Região Norte entre as dez escolhidas para o evento, que ocorrerá em maio, em Brasília.
O programa tem como objetivo reduzir os casos de tuberculose no sistema carcerário. Desde novembro de 2024, a Unidade de Saúde do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) implementou o projeto na penitenciária masculina.
A ação capacita detentos para atuarem como multiplicadores de informações sobre a doença. Eles ajudam a identificar sintomas, incentivam a realização de exames e promovem a adesão ao tratamento.
Os resultados já apareceram nos primeiros meses. Em janeiro, foram registrados 13 novos casos de tuberculose. O número caiu para 7 em fevereiro e 6 em março. A iniciativa segue as diretrizes do "Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose", que busca eliminar a doença como problema de saúde pública.
Além da capacitação, o Iapen ampliou a coleta de exames e implantou o Tratamento Diretamente Observado (TDO), no qual a medicação é supervisionada. Os internos também participam de consultas mensais com profissionais e palestras educativas.
O seminário em Brasília vai destacar experiências bem-sucedidas que possam ser replicadas em outras unidades prisionais. Os projetos selecionados serão incluídos em uma publicação nacional sobre o tema.
O Ministério da Saúde reforça que o ambiente carcerário exige atenção especial devido ao risco de disseminação de doenças. A tuberculose, em particular, preocupa pelas condições de aglomeração e dificuldades. No Amapá, a parceria tem garantido diagnóstico precoce e tratamento adequado.