O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), conduziu na segunda-feira (7), em Belém, a abertura da Conferência de Alto Nível sobre Segurança Humana e Justiça Climática.
Segundo a Agência Pará, a iniciativa foi organizada pelo Ministério Público do Pará com apoio de instituições internacionais, discutiu estratégias voltadas à preservação ambiental e ao desenvolvimento sustentável da região amazônica.
O encontro contou com a participação do vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Edson Fachin, além de especialistas e representantes de órgãos públicos.
As discussões buscam contribuir com as pautas da COP 30, que será realizada em novembro na capital paraense.
Na cerimônia, o governador ressaltou a necessidade de respostas imediatas aos efeitos das mudanças climáticas e defendeu um modelo de crescimento que leve em conta a conservação dos recursos naturais.
Entre os pontos abordados, estiveram políticas públicas relacionadas à bioeconomia e à compensação de emissões por meio dos créditos de carbono.
As ações para ampliar a economia baseada em produtos da floresta foram apresentadas como alternativa viável para frear o desmatamento e oferecer condições de vida melhores às populações locais.
A proposta prevê o uso sustentável dos recursos amazônicos, com incentivos a práticas que respeitem o ambiente.
Os créditos de carbono também estiveram no centro dos debates. Segundo os organizadores, o mecanismo pode gerar oportunidades econômicas e auxiliar na redução dos impactos ambientais. A conferência abordou como integrar esse tipo de iniciativa às estratégias regionais de crescimento.
Outro ponto discutido foi a necessidade de preparar o Brasil para lidar com os eventos extremos que têm se tornado mais frequentes, como enchentes e secas. Os participantes defenderam ações emergenciais para garantir a proteção das pessoas afetadas por essas ocorrências.
Durante a conferência ainda foi discutido o fortalecimento da cooperação entre países e estados, com o objetivo de alinhar as políticas locais às metas internacionais. Para os organizadores, é essencial que as medidas ambientais sejam acompanhadas de compromissos sociais, garantindo direitos e qualidade de vida para as populações mais vulneráveis.