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Pará tem menor alerta de desmatamento desde 2019

O estado do Pará registrou, em março de 2025, o menor índice de área sob alerta de desmatamento desde 2019.

Foram detectados 22 quilômetros quadrados com sinais de desmatamento, o que, segundo análise realizada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS-PA), representa uma redução de 36% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

O dado é proveniente Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes) e do Mapbiomas Alerta, sistemas que monitoram as mudanças na cobertura florestal da região.

Entre agosto de 2024 e março de 2025, período equivalente ao ciclo anual do sistema Prodes, houve queda de 19% no acumulado, com 199 km quadrados a menos de área afetada quando comparado ao mesmo intervalo do ano anterior.

Os números mantêm a tendência de redução contínua na derrubada de vegetação no estado. A participação do Pará no total de desmatamento da região da Amazônia Legal também recuou.

Em março de 2024, o Pará era responsável por 21% da área sob alerta de desmate na região. No mesmo mês de 2025, esse índice caiu para 16%.

O governo estadual atribui os resultados às ações integradas desenvolvidas por meio de programas específicos, como o Plano Estadual Amazônia Agora, o Plano de Recuperação da Vegetação Nativa e o Plano de Bioeconomia.

As iniciativas têm foco em ações de controle, recuperação ambiental e incentivo a alternativas econômicas sustentáveis. Esses programas incluem fiscalização, monitoramento remoto, apoio a comunidades e estímulo ao uso de recursos naturais de forma equilibrada.

As ações também buscam ampliar a capacidade de resposta frente aos crimes ambientais e valorizar a floresta em pé.

Com a proximidade da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que ocorrerá em Belém em novembro, o estado reforça sua posição nas discussões internacionais sobre preservação e combate ao desmatamento.

De acordo com a SEMAS-PA, os dados verificados confirmam o impacto das políticas adotadas recentemente e a possibilidade de conciliar conservação ambiental com atividades que promovam renda e qualidade de vida nas comunidades que vivem na região amazônica.