A prefeitura de Porto Velho (RO) decretou Situação de Emergência na quinta-feira (10) devido à cheia do rio Madeira, que pode ultrapassar a cota de inundação de 17 metros. De acordo com a Superintendência Municipal de Comunicação (SMC), o decreto, publicado no Diário Oficial dos Municípios de Rondônia, tem validade de 180 dias.
Com isso, a administração municipal pode adotar medidas para acelerar a resposta ao desastre, como a dispensa de licitação em compras e serviços emergenciais. Todos os órgãos municipais passam a atuar sob a coordenação da Defesa Civil.
O objetivo é responder aos efeitos da enchente, prestar socorro, fornecer ajuda humanitária e promover a recuperação das áreas afetadas.
Até agora, cerca de 14,6 mil pessoas foram impactadas na zona rural e urbana. A previsão de chuvas intensas nos próximos dias aumenta o risco de novos alagamentos.
Desde o início da semana, a Defesa Civil executa ações nas regiões atingidas.
Um barco segue com mantimentos pelo baixo Madeira, enquanto equipes usam embarcações menores para alcançar as áreas mais isoladas.
Em dois dias, foram entregues 722 cestas básicas, mais de 5 mil litros de água, 678 caixas de hipoclorito e kits de higiene. Outras 2,5 mil cestas estão prontas para embarcar.
A Secretaria de Assistência Social mantém atendimento às famílias desde o fim de março. Equipes estão em campo para registrar as necessidades da população afetada.
Ainda segundo a SMC, na quinta-feira (10), profissionais seguiram até a região de Demarcação, onde permanecerão até o próximo dia 15/4.
As ações tem como objetivo garantir apoio imediato e mapear as demandas sociais.
Além da ajuda institucional, a prefeitura reuniu lideranças religiosas para solicitar apoio e doações aos atingidos.
A proposta é envolver diferentes grupos em uma mobilização solidária, com distribuição de itens básicos nas comunidades. A operação é considerada uma das maiores já feitas pela Defesa Civil local.
"Nosso apelo é que consigamos somar forças para atender cada uma das comunidades. Queremos atender aquele morador mais distante, que está ilhado, sem perspectiva de um dia melhor", afirmou o prefeito Léo Moraes (Podemos).