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Obra de Angra 3 é discutida no Rio

Fernando Jordão e o presidente da Eletronuclear Raul Lycurgo | Foto: Divulgação

O presidente da Eletronuclear, Raul Lycurgo, participou de um encontro com o prefeito de Angra dos Reis, Fernando Jordão, na tarde desta quarta-feira (15), no Salão Nobre da sede do município. Os principais assuntos abordados na reunião foram a conclusão das obras de Angra 3 e a extensão da vida útil de Angra 1.

"Viemos aqui para pedir o apoio da Prefeitura de Angra e de todos os políticos do Estado. Precisamos tirar Angra 3 do papel. Por isso, é importante que esse estudo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) seja concluído e entregue ao Governo Federal o mais rápido possível", disse Lycurgo.

Além do impacto sobre a matriz elétrica nacional que será ocasionado pela conclusão da unidade, as obras podem gerar de 5 a 7 mil empregos no município, ponto valorizado por Fernando Jordão.

"Somos a favor de Angra 3. Avançamos muito hoje no compromisso em apoiar a construção da terceira usina, que vai gerar emprego para a nossa população. Foi uma reunião bastante produtiva e poderemos avançar ainda mais", disse o prefeito de Angra dos Reis.

Durante o encontro, o presidente da Eletronuclear também reafirmou o compromisso da empresa de auxiliar o trabalho das autoridades municipais em situações de emergência.

"O que fizemos nas últimas chuvas fortes, que atingiram o Bracuí, foi um exemplo disso. Emprestamos máquinas para auxiliar os trabalhos dos seus técnicos em desobstruir vias e melhorar a circulação das pessoas e veículos. Esperamos que não tenhamos mais emergência no município como essa, mas, se tiver, vamos sempre ceder equipamentos para vocês", finalizou.

Câmara aprova PL

Como a coluna Magnativa divulgou na edição de quinta-feira, dia 16, a Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira, dia 15, projeto de lei estabelecendo que a Eletronuclear pague royalties para os municípios afetados por usinas nucleares.

Os royalties equivalerão a 1,5% da energia elétrica comercializada pela empresa e a distribuição mensal será feita da seguinte forma: 50% ao município onde a usina está localizada, no caso Angra; e 50% aos municípios limítrofes, Paraty e Rio Claro, proporcionalmente à população de cada um deles. O PL será analisado agora, em caráter conclusivo, nas comissões de Finanças e Tributação, e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).

O royalties serão pagos mensalmente e os valores não poderão ser usados para pagar salários de servidores e dívidas, exceto dívidas com a União.