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Verba da Virada Cultural bate novo recorde

Virada Cultural Paulista é a mais cara dos últimos 10 anos de evento na capital | Foto: Divulgação

A Virada Cultural deste ano custará quase R$ 60 milhões aos cofres públicos, um aumento de 30% em relação à edição do ano passado, quando foram gastos R$ 46 milhões no evento, um dos mais aguardados do calendário de São Paulo. Segundo a Secretaria Municipal da Cultura, foram gastos R$ 33,4 milhões para infraestrutura e R$ 26,4 milhões em contratações artísticas, totalizando R$ 59,8 milhões. O festival acontecerá neste sábado (18) e domingo (19), com apresentações de artistas como Pabllo Vittar, Kevin O Chris, Léo Santana, Joelma, Xamã, Raça Negra e Psirico. Em relação ao cachê dos artistas, o mais alto é o do cantor sertanejo Leonardo, que receberá R$ 550 mil. Em seguida, vem Léo Santana, com R$ 500 mil e, depois, a cantora Gloria Groove, com R$ 400 mil. Pabllo Vittar, artista que se apresentou no show da cantora Madonna, em Copacabana, receberá R$ 357 mil para participar do evento. Já Joelma, dona do hit "Voando pro Pará", ganhará R$ 300 mil. Os valores foram publicados no Diário Oficial da cidade.

A Virada deste ano quebra o recorde de gastos da edição do ano passado, que havia se tornado a mais cara dos últimos dez anos. À época, especialistas consideraram os gastos excessivos, argumentando que ele é alto demais para um evento que acontece em apenas um fim de semana. Coordenador da Virada, Bruno Santos diz que o retorno financeiro gerado pelo festival compensa os gastos. "Às vezes, as pessoas olham somente o número e não o ganho cultural que a Virada traz.

Além disso, tem o impacto econômico também. São 12 regiões que estão ali com seus comércios sendo aquecidos pelo poder público". De acordo com ele, o festival deve trazer R$ 120 milhões para a economia da cidade e empregar 2.000 pessoas. "Quando ocorre investimento em esporte e cultura, sempre dizem que é muito dinheiro." Um dos motes desta Virada é a descentralização, processo que já vinha acontecendo desde 2022 e ampliado no ano passado. Nesta edição, serão 22 palcos espalhados pela capital paulista, do centro a Parelheiros, passando por Heliópolis e Itaquera. Para Santos, esse processo é importante para democratizar o acesso à cultura na capital paulista. "Quando entramos na Prefeitura, em 2021, fizemos um estudo que constatou que 49% de todo o investimento da cultura estava no centro, o que é muito elevado tendo em vista que 42% dos equipamentos de cultura já estão nessa região". Ele diz também que a descentralização é importante para aquecer a economia da periferia.