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Divulgação de consulta para Angra 3 é adiada

A Eletronuclear estendeu por mais 45 dias o prazo para divulgação das respostas às contribuições recebidas durante a consulta pública ao contrato de licitação e minutas do edital que visam a conclusão das obras de Angra 3. A empresa divulgará os resultados até o dia 19 de agosto.

A decisão, segundo a empresa, foi tomada por causa da quantidade e natureza das contribuições recebidas durante a consulta pública. A Eletronuclear avalia como positiva a participação dos agentes interessados no processo de licitação e ressalta que a prorrogação do prazo não impacta o planejamento da empresa.

Com apoio técnico do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a consulta pública buscou obter sugestões de melhorias nos documentos relacionados aos serviços de Engenharia, Gestão de Compras e Construção (EPC, em inglês), incluindo a Matriz de Risco e outros complementos contratuais.

Mais sobre Angra 3

A terceira unidade da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA) irá operar com alto grau de confiabilidade e contribuir para a segurança de abastecimento do sistema elétrico brasileiro, segundo afirma a Eletronuclear.

Além disso, a empresa destaca o papel de gerar energia limpa, sem a emissão de gases que causam o efeito estufa. Atualmente, a Eletronuclear aguarda a finalização de estudos independentes, ora em desenvolvimento pelo BNDES.

Os estudos serão analisados pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), pelo Ministério de Minas e Energia e pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que ficarão responsáveis por definir a outorga e aprovar a tarifa de comercialização da energia gerada por Angra 3.

Potência em megawatts

Quando entrar em operação comercial, a nova unidade com potência de 1.405 megawatts, será capaz de gerar mais de 10 milhões de megawatts/hora por ano, energia suficiente para abastecer as cidades de Brasília e Belo Horizonte durante o mesmo período. Com Angra 3, a energia nuclear passará a gerar o equivalente a 70% do consumo do estado do Rio de Janeiro.

A usina também vai diversificar a matriz elétrica e reduzir os custos totais do Sistema Interligado Nacional, na medida em que substituirá a energia mais cara de térmicas.