Programa ajuda afetados pela tragédia em Mariana

Ação da Emater-MG faz parte de Novo Acordo, assinado na sexta (25)

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A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG) dará início a um Programa de Recuperação Produtiva e Desenvolvimento Socioeconômico e Ambiental da Calha do Rio Doce. Serão beneficiadas propriedades rurais em 38 municípios atingidos pelo rompimento da barragem da Samarco em Mariana, em 2015. Com duração prevista de cinco anos, o trabalho da Emater-MG visa reestruturar a produção agrícola e promover práticas de conservação de solo, captação de água e uso de energia solar.

O programa faz parte do Novo Acordo de Mariana, assinado pelo Governo de Minas na sexta (25), em Brasília, após uma extensa negociação entre os governos de Minas Gerais e Espírito Santo, a União e demais envolvidos. A repactuação libera R$ 132 bilhões em novos recursos para ações de reparação, dos quais R$ 81 bilhões serão aplicados diretamente em Minas Gerais, priorizando as áreas afetadas na Bacia do Rio Doce. Este compromisso visa acelerar a reparação de danos e implementar medidas de justiça e atendimento às famílias e comunidades impactadas, quase uma década após o desastre.

As ações da Emater-MG dentro do Programa de Recuperação vão priorizar as propriedades afetadas por enchentes, nas áreas delimitadas pela mancha de inundação do Rio Doce. Serão investidos nos cinco primeiros anos um montante de R$ 373 milhões, sendo que uma parte desses recursos é proveniente de um fundo que será implementado para recuperação produtiva e resposta a enchentes no valor de R$ 1 bilhão.

"São projetos importantes que serão implementados para a recuperação dos impactos da tragédia e também uma vigilância daqui para frente. Temos uma responsabilidade muito grande em gerir um fundo perpétuo, que será acionado sempre que necessário, para recuperar e reparar as áreas rurais atingidas pelas inundações do Rio Doce", afirmou o diretor-presidente da Emater-MG, Otávio Maia.

O Programa de Recuperação Produtiva e Desenvolvimento Socioeconômico e Ambiental da Calha do Rio Doce é estruturado em três eixos, que trabalham para recuperar o solo, reduzir os efeitos no meio ambiente e tentar implementar energia fotovoltaica.