Pretos e pardos são 48% dos atendidos pela CDHU, em SP
A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), maior empresa pública de Habitação Social do Brasil, tem como uma de suas missões realizar o sonho da casa própria dos paulistas, atuando com diversidade e responsabilidade. Números da Diretoria de Atendimento Habitacional apontam que, no período de 2018 a 2024, 48,06% das famílias aptas a receberem o atendimento habitacional da CDHU eram pretas e pardas.
Durante o processo de habilitação, a CDHU aplica um questionário com perguntas relacionadas à condição socioeconômica dos possíveis novos mutuários. Nesse questionário, consta a estratificação por cor e raça, que é autodeclaratória e respondida de maneira opcional. Assim sendo, dos 15.302 beneficiários que optaram pela declaração, quase 7.354 se declararam pretos e pardos, totalizando quase 50% dos atendidos pela Companhia com uma unidade habitacional.
Dados do Censo 2022 apontam que o Estado de São Paulo possui 18,1 milhões de pretos e pardos, número correspondente a aproximadamente 41% da população paulista. A atuação da SDUH e da Companhia, portanto, ocorre em convergência a esse cenário, com números percentuais superiores à proporção de negros e pardos na população do Estado.
As famílias contempladas para receberem suas habitações da CDHU são selecionadas por meio de sorteio público. O financiamento dos imóveis segue as diretrizes da Política Habitacional do Estado de São Paulo, que prevê juros zero para famílias com renda mensal de até cinco salários mínimos. Assim, pagarão praticamente o mesmo valor ao longo de 30 anos, já que o contrato sofrerá apenas a correção monetária calculada pelo IPCA - índice oficial do IBGE.
O valor das parcelas é calculado levando-se em conta a renda das famílias e podem comprometer, no máximo, em até 20% dos rendimentos mensais com as prestações.
Na semana em que é celebrado o Dia Nacional da Consciência Negra, o Governo de São Paulo, por meio da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano e da Fundação ITESP, assinou um convênio para construção de moradias para quilombolas.
Serão realizadas a conclusão, melhorias, reformas ou construção de 164 novas unidades habitacionais em comunidades remanescentes de quilombos administrados pela Fundação ITESP, incluindo a execução das interligações aos sistemas de água, esgoto e energia elétrica.
Os atendimentos serão realizados nas regiões administrativas de Registro e Sorocaba.