Cláudio Castro é eleito próximo presidente do Cosud
Governador do RJ pretende reforçar integração entre os sete Estados
O governador Cláudio Castro foi eleito o próximo presidente do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud). O anúncio foi feito, no sábado (23), durante o encerramento do 12° encontro do Cosud, realizado em Florianópolis (SC). Castro foi escolhido pelos outros seis governadores que integram o consórcio e, durante a sua gestão, que começará em março de 2025, pretende dar continuidade ao trabalho que já vem sendo realizado e contribuir para políticas públicas não só regionais, mas em âmbito nacional.
"Vamos dar continuidade ao trabalho que o Cosud vem fazendo para termos cada vez mais integração e construirmos políticas públicas para as duas regiões, além de impulsionar o desenvolvimento dos nossos estados e de todo o país. É um consórcio que se consolida e se fortalece cada vez mais pelo diálogo e empenho de governadores e todas as nossas equipes de governo", afirmou Castro, ressaltando que os sete estados do Cosud representam mais de 56% da população brasileira e 70% do PIB do País.
No evento, Castro e os demais governadores que compõem o Consórcio leram a Carta de Florianópolis, documento final que consolida compromissos firmados pelos sete estados em diversas áreas, em especial nas agendas prioritárias de segurança, meio ambiente e reforma tributária.
Entre os destaques, o texto traz ponderações e críticas sobre a PEC da Segurança Pública. Os governadores manifestaram preocupação sobre a PEC discutida em nível federal que, se aprovada, poderá promover alterações significativas no sistema de segurança pública no Brasil. E apontaram que a proposta pode apresentar risco de falta de recursos destinados para financiar ações voltadas para a área, o que poderia causar a precarização da estrutura de segurança, uma vez que a proporcionalidade da população e o peso econômico não sejam levados em consideração. Para os governadores, a PEC como está compromete os princípios fundamentais do Pacto Federativo ao centralizar competências dos Estados, ignorando as especificidades regionais e a autonomia dos governos estaduais.
"Na prática, estamos diante da possibilidade real de enfraquecimento da capacidade de resposta das polícias estaduais, como a Polícia Militar e a Polícia Civil, que tradicionalmente cumprem essa função nas regiões. Não queremos uma proposta que não considere a construção da segurança pública com base no respeito às diferenças regionais", disse Castro.