Turismo gastronômico sustentável brilha no Rio
Estudo aponta que arrecadação pode aumentar em R$ 357 milhões
O Rio é a porta de entrada do turista internacional no país, que desembarca motivado, principalmente, pelas belezas que emolduram a cidade. Com a vinda de turistas, o município arrecadou R$ 238 milhões em impostos (ISS), em 2023. O número poderá ter um incremento de até R$ 357 milhões em 10 anos, se a cidade investir na construção de uma identidade gastronômica que impulsione o turismo.
Esses e outros dados constam no estudo "Rio: A Capital da Gastronomia Sustentável da América Latina" elaborado pela Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico (SMDUE), em parceria com a Secretaria Municipal de Turismo (SMTUR-Rio) e o Instituto Bazzar. O levantamento mostra que o setor tem o potencial de atrair 2 milhões de visitantes estrangeiros adicionais em uma década.
A promoção do turismo gastronômico é uma das prioridades da gestão da secretária municipal de Turismo, Daniela Maia, que trouxe para o Rio, em 2023 e 2024, as mais importantes premiações internacionais do segmento: o Guia Michelin e o 50 Best América Latina.
O estudo mostra que a gastronomia, além de ser um atrativo para turistas internacionais, valoriza a identidade cultural da cidade, reforçando sua posição como destino global.
Atualmente, o setor de bares e restaurantes é um dos grandes empregadores da cidade. O Rio possui aproximadamente 67 mil trabalhadores nesse segmento, sendo quase 80% deles atuando em micro e pequenas empresas. O estudo ainda destaca que, entre 2021 e 2024, o setor gerou 16,1 mil novos postos de trabalho, mostrando a relevância da gastronomia na geração de empregos e no fortalecimento da economia local.
Outra informação da pesquisa, com base em dados do Ministério do Trabalho e Emprego, é que o Rio possui 4,2 mil bares e restaurantes. Quase a totalidade (96,7%) é de micro ou pequena empresa. Esses estabelecimentos estão concentrados, principalmente, na Zona Sul, Grande Tijuca e Barra da Tijuca, que respondem por mais de 60% dos estabelecimentos e dos trabalhadores. No levantamento por bairros, Barra (12,3%), Centro (11,2%), Copacabana (7,1%), Botafogo (5,2%) e Tijuca (3,6%) são os cinco primeiros com mais estabelecimentos, com quase 40%.