Um artigo publicado em fevereiro na revista Microorganisms por pesquisadores do Instituto Butantan e da Universidade de Giessen, na Alemanha, destaca, pela primeira vez, o potencial de compostos naturais de origem animal — como venenos de serpentes, abelhas, sapos, joaninhas, entre outros — no combate ao parasita Schistosoma mansoni, causador da esquistossomose.A doença afeta mais de 240 milhões no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde, incluindo o Brasil. Atualmente, há apenas um medicamento recomendado pela OMS. No entanto, já foram registrados casos de resistência, o que reforça a urgência por novas alternativas terapêuticas."Neste contexto, os compostos naturais de origem animal representam fontes valiosas de substâncias com potencial esquistossomicida", afirma Murilo Sena Amaral, pesquisador do Laboratório de Ciclo Celular do Butantan e autor correspondente do estudo.