O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) iniciou o processo para reconhecer os Saberes do Rosário como Patrimônio Cultural do Brasil. As manifestações, que incluem Reinados, Congados e Congadas, são tradições afro-brasileiras presentes principalmente em Minas Gerais, São Paulo e também Goiás.
A população tem até 23 de maio de 2025 para enviar contribuições sobre o tema.
As manifestações em análise representam práticas religiosas e sociais centenárias, com raízes na devoção a Nossa Senhora do Rosário e santos negros.
Os rituais envolvem coroações de reis e rainhas, cortejos, danças e cantos, mantidos por gerações como expressão de identidade e resistência.
O processo de registro busca preservar esses conhecimentos tradicionais.
Para participar, interessados podem enviar manifestações por e-mail ou correspondência ao Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural.
Após o prazo, o órgão analisará as contribuições antes da decisão final sobre o registro. O reconhecimento como patrimônio cultural garante maior visibilidade e políticas de preservação para essas tradições.
As celebrações analisadas apresentam variações regionais, mas compartilham elementos comuns como música, dança e narrativas orais. Instrumentos tradicionais como tambores e caixas marcam o ritmo das apresentações, enquanto trajes coloridos representam a estética afro-brasileira.
Essas práticas ocorrem tanto em contextos festivos quanto no cotidiano das comunidades.
O pedido de registro destaca o papel dessas manifestações na manutenção da memória coletiva e dos laços comunitários. Além do aspecto religioso, os Saberes do Rosário funcionam como espaços de transmissão de conhecimentos entre gerações, preservando valores como solidariedade e identidade.
A diversidade de expressões nela reflete a riqueza do patrimônio imaterial brasileiro.
Caso aprovado, este será mais um bem cultural de matriz africana reconhecido.
O registro facilitaria o acesso a políticas públicas de salvaguarda e promoveria maior visibilidade para essas tradições.
A decisão final caberá ao Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, após análise de todas as manifestações recebidas durante a consulta.
O processo ocorre no âmbito das atribuições do Iphan para proteção do patrimônio cultural brasileiro.
Interessados em contribuir podem enviar suas manifestações para o e-mail dpi@iphan.gov.br ou para o endereço do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural em Brasília. Informações no site do Iphan.