O governo federal, através do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR), aprovou até esta terça-feira (21) 318 planos de trabalho de municípios do Rio Grande do Sul para responder, restabelecer e reconstruir áreas afetadas pelas fortes chuvas de abril e maio. A União está repassando R$ 233 milhões para as ações de Defesa Civil, com outros planos de trabalho ainda em análise pela pasta.
Os dados foram confirmados em Porto Alegre (RS) pelo ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, durante uma coletiva de imprensa sobre as medidas do governo para ajudar o estado.
Góes afirmou que o governo federal está comprometido em apoiar os municípios em todas as necessidades. "Tudo que o município necessitar, o governo — sob a liderança do ministro Pimenta — irá apoiar. R$ 4 milhões de foram necessários para ajudar a limpar, destinar o entulho, restabelecer a vida das pessoas, identificar o que precisa reconstruir; e para ser feito um bom plano de trabalho por parte da prefeitura, do governo do estado e até para as demandas do governo federal."
O ministro orientou as prefeituras a não esperarem a água baixar completamente para enviar os planos de limpeza ao ministério. Ele sugeriu que as ações sejam fracionadas, começando por bairros já secos. "Um bairro que já está em condições de limpar, a prefeitura pode fazer o plano de trabalho e o governo federal banca a limpeza. Não esperem a cidade toda ficar seca para fazer um plano de trabalho único. Não é recomendável."
Para fortalecer a resposta aos desastres, o MIDR está convocando especialistas em planos de reconstrução e restabelecimento de serviços, treinados pela Secretaria de Defesa Civil Nacional. "Há muitos cálculos de engenharia necessários. Quanto mais próximos estivermos dos prefeitos na elaboração de planos bem estruturados, mais rapidamente podemos aprová-los, evitando diligências ou planos fora da realidade", afirmou o ministro.
Balanço
De acordo com um boletim atualizado pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul, 467 municípios foram afetados pelas chuvas, com 71,5 mil pessoas em abrigos, 581,6 mil desalojados e 2,34 milhões de pessoas afetadas no total. As chuvas extremas resultaram em 161 mortos, 806 feridos e 85 desaparecidos. O número de pessoas resgatadas ultrapassa 82,6 mil, enquanto 12,3 mil animais também foram resgatados.(Agência Brasil)
