O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, e o secretário de Meio Ambiente e Economia Verde, Ricardo Guidi, lançaram nesta segunda-feira, 27 de maio, em Criciúma, o Plano Estadual de Transição Energética Justa. A iniciativa visa mitigar os impactos sociais, ambientais e econômicos decorrentes da transição para energias mais limpas.
O governador explicou que o programa pretende substituir gradualmente o uso do carvão, uma fonte de energia fóssil, por fontes renováveis. A intenção é preservar os empregos e aplicar tecnologias que possibilitem uma transição suave. O plano também busca garantir que a economia e os trabalhadores do Sul de Santa Catarina sejam beneficiados por essa mudança.
Criciúma foi escolhida para o lançamento do plano devido ao impacto significativo da readequação das termoelétricas na região, que depende do setor de carvão para 15% de sua economia.
A atividade carbonífera na região garante mais de 20 mil empregos e beneficia cerca de 100 mil pessoas direta e indiretamente, gerando uma receita anual de mais de 6 bilhões de reais.
O secretário de Estado do Meio Ambiente e Economia Verde, Ricardo Guidi,destacou que o objetivo principal do plano é descarbonizar a economia, reduzindo as emissões de carbono e minimizando os impactos sociais, ambientais e econômicos. A expectativa é criar novos modelos de negócios e gerar mais empregos, impulsionando a economia local.
Durante a cerimônia, foi assinada a ordem para a contratação de uma empresa especializada que elaborará estudos técnicos para o desenvolvimento do plano. Esses estudos apresentarão ações de curto, médio e longo prazo para viabilizar uma política permanente de redução de emissão de gases de efeito estufa, alinhada ao desenvolvimento regional.
Foi também firmado um acordo de cooperação técnica com a Associação Beneficente da Indústria Carbonífera de Santa Catarina (SATC) para apoio técnico e administrativo ao comitê responsável pela implementação do plano. O governador Jorginho Mello visitou as instalações da SATC antes do evento.
"Transição justa é mudar o modelo de produção sem destruir valor econômico social, ou seja foco nas pessoas. A transição energética justa é mudar o modelo de consumo de energia de altas emissões de carbono para baixas emissões de carbono e tudo isso passa por uma transformação tecnológica ecológica que inclua novos processos que emitam menos gases de efeito estufa. Descarbonizar não é acabar com fóssil é acabar com as emissões dos fósseis", explicou o diretor executivo da SATC, Fernando Luiz Zancan.
