O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, realizou uma reunião na quarta-feira (12) com representantes de entidades empresariais e o ministro da Secretaria Extraordinária de apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, no Centro Administrativo de Contingência, em Porto Alegre. O encontro teve como objetivo discutir as demandas dos setores produtivos afetados pelas enchentes recentes e buscar soluções conjuntas.
Durante quase duas horas, a reunião focou principalmente em medidas de manutenção de emprego e renda, além de ajustes na operacionalização de linhas de crédito para empresas atingidas pelas enchentes. Outros temas incluíram a situação do aeroporto de Porto Alegre e a importação de arroz.
O governador enfatizou a importância da coordenação de esforços para resolver as questões econômicas. Ele destacou a necessidade de ajustes nas operações de crédito apresentadas pelo governo federal, argumentando que muitos dos que mais precisam de ajuda podem não ter capacidade de acessar essas linhas de crédito devido às regras estabelecidas pelas instituições financeiras.
"As operações se desenvolvem com instituições financeiras que têm condições de análise de risco. Boa parte dos que mais precisam não terão capacidade de acessar essas linhas dentro das regras estabelecidas, fazendo com que elas deixem de cumprir seu propósito. Por isso são necessários ajustes nessa política", afirmou Leite.
As medidas de manutenção de emprego e renda também foram debatidas, com líderes empresariais expressando preocupação sobre a regulamentação do programa proposto pelo governo federal, que foi instituído por medida provisória e aguarda regulamentação por portaria.
Outro ponto discutido foi a recuperação do Aeroporto Salgado Filho. Leite reforçou a demanda por um entendimento entre o governo federal e a concessionária Fraport, que administra o aeroporto, para a disponibilização de recursos necessários ao reequilíbrio financeiro da concessionária.
A questão do abastecimento de arroz e a garantia de preços adequados também foram abordadas. A produção de arroz, concentrada no Rio Grande do Sul, é fundamental para o abastecimento do mercado interno. O representante da Farsul destacou a disposição do setor em continuar dialogando para manter preços e monitorar estoques, evitando o desabastecimento.
O grupo de trabalho decidiu se reunir novamente até o final da próxima semana para atualizar os encaminhamentos discutidos na reunião.
