Em um mês de atuação, a Secretaria Extraordinária para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul contabilizou o investimento de R$ 85,7 bilhões pelo governo federal para medidas de socorro e apoio à população, empresários e administrações estadual e municipais desde o início da calamidade pública no estado, no fim de abril.
Em balanço divulgado na segunda-feira, a secretaria detalhou a atuação de 30 mil profissionais das Forças Armadas e de forças de segurança ligadas ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, que participaram no salvamento de 89 mil pessoas e 15 mil animais. A construção emergencial de 13 hospitais de campanha pelas Forças Armadas e pela Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) resultou em 15 mil atendimentos. O Ministério da Saúde enviou 8 milhões de medicamentos e insumos ao estado, e 21 mil pessoas foram imunizadas contra a influenza. Adicionalmente, R$ 282 milhões foram destinados para a manutenção dos serviços de saúde.
O acolhimento das vítimas foi outra frente de ação. O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social forneceu recursos para serviços humanitários, incluindo a compra de água, instalação de banheiros químicos e fornecimento de cobertores e alimentação. Foram transportadas mais de 18 mil toneladas de doações e entregues 52 mil cestas de alimentos. Em parceria com empresários, 3 mil botijões de gás por mês foram doados a 191 cozinhas solidárias, com um investimento de R$ 1,8 milhão.
O Auxílio Reconstrução repassou R$ 5,1 mil a cada família que teve prejuízos diretos causados pelas chuvas e enchentes, beneficiando mais de 100 mil pessoas, com um total de R$ 663 milhões pagos. Na área de habitação, um plano de aquisição de moradias foi lançado para famílias desabrigadas, e o programa Minha Casa Minha Vida/Reconstrução iniciou o cadastro de habitações.
O governo também incluiu 21,7 mil famílias no programa Bolsa Família Unificado e Ampliado, beneficiando 658 mil famílias. Quanto ao Imposto de Renda, 900 mil contribuintes gaúchos tiveram o pagamento antecipado de suas restituições.
A dívida do Rio Grande do Sul com a União foi suspensa por três anos, liberando R$ 11 bilhões ao fundo de reconstrução. R$ 12 bilhões em juros da dívida foram perdoados. Obras emergenciais e de reconstrução receberam mais de R$ 12,1 bilhões. Foram liberados 112 trechos de 11 estradas federais bloqueadas, restabelecidos os serviços de telecomunicações e normalizado o fornecimento de energia.
