RS inaugura Delegacia de Polícia Online da Diversidade

Ferramenta visa combater crimes de intolerância e preconceito

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A Polícia Civil inaugurou, nesta quinta-feira (3/10), a Delegacia de Polícia Online da Diversidade (DOL Diversidade). A ferramenta oferece aos cidadãos a possibilidade de registrar ocorrências relacionadas a crimes de intolerância e discriminação de forma totalmente virtual - incluindo crimes motivados por questões de raça, gênero, diversidade sexual, religião e outros atos de preconceito. A solenidade ocorreu no Palácio da Polícia, em Porto Alegre, e contou com a presença do governador Eduardo Leite.

"A nova ferramenta facilita o acesso, sem a necessidade do deslocamento até uma delegacia, o que muitas vítimas desse tipo de situação não se sentem confortáveis em fazer", destacou Leite. "A pessoa não pode ser vítima duas vezes, sendo penalizada com a desassistência após sofrer preconceito. A DOL Diversidade é mais um avanço na qualificação do atendimento ao cidadão."

O portal permite a abertura de uma ocorrência a partir de qualquer lugar, diretamente de um computador, tablet ou smartphone, acessando a DOL Diversidade.

A Delegacia de Polícia Online RS (DOL) integra o Departamento de Tecnologia da Informação Policial do Estado do Rio Grande do Sul (DTIP) e foi criada em 2002 com o objetivo de facilitar o acesso da população aos registros de ocorrências policiais por meio de qualquer dispositivo eletrônico com acesso à internet.

Nas décadas seguintes, o espaço virtual da DOL inseriu novas ferramentas para o atendimento de crimes e demandas específicas, desenvolvendo a Delegacia de Polícia Online da Mulher, em 2022, e a Delegacia de Polícia Online do Agro, em 2023. A DOL Diversidade é a terceira delegacia especializada lançada.

"Não vamos viver numa sociedade em paz se houver um pensamento obtuso, absolutamente irresponsável, de que a maioria deve ser atendida e a minoria precisa se adaptar. As minorias precisam encontrar no Estado as condições de acolhimento", enfatizou.

"O combate ao preconceito não é feito só pela polícia, mas essa instituição tem um papel fundamental de responsabilizar aqueles que ousarem agir com qualquer tipo de preconceito", disse o secretário da Segurança Pública, Sandro Caron. "Não vamos apenas defender os cidadãos, mas acolhê-los."