MON é a casa da "muda 10 milhões"
Uma Araucaria angustifólia de pouco mais de um metro carrega todo o simbolismo da recuperação ambiental implementada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior. A árvore-símbolo do Paraná, cultivada no viveiro florestal do Instituto Água e Terra (IAT) em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, foi plantada nesta quinta-feira (21) no gramado do icônico Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba, para marcar a meta de 10 milhões de mudas de espécies nativas distribuídas pelo Governo do Estado desde 2019.
O novo maciço verde equivale a uma área de 9 mil hectares de reflorestamento. Espécies como a Imbuia (Ocotea porosa) e o Cedro-rosa (Cedrela fissilis), ameaçadas de extinção, também ganharam um espaço no quintal no MON nesta quinta-feira. Para simbolizar o momento, uma escultura do artista plástico Alfi Vivern foi instalada no local. A obra intitulada "passagem", de 2014, é talhada direto sobre o granito preto. A ação integra o programa Paraná Mais Verde.
Também como forma de celebrar a marca, ocorreu o lançamento do livro "Paraná - Unidades de Conservação", organizado pelo IAT com imagens do fotógrafo Zig Koch, especializado em meio ambiente, e a confirmação da adesão do Paraná ao Pacto Trinacional de Restauração da Mata Atlântica, que envolve Brasil, Argentina e Paraguai. O documento foi assinado pelo secretário de Estado do Desenvolvimento Sustentável, Everton Souza.
"É um caminho sem volta, um processo que só tende a crescer. Chegamos a 10 milhões de mudas agora, em 2024, mas queremos mais, avançar nessa ação de regeneração da natureza. Estamos investindo nos nossos laboratórios de sementes e viveiros florestais para permitir essa ampliação, fornecendo mudas inclusive para outros estados do País", afirmou Souza.
Dentro do Tratado da Mata Atlântica, formalizado no ano passado pelos estados no Sul e Sudeste do País, o Paraná se comprometeu com o plantio de mais 10 milhões de mudas até 2026 - foram distribuídas mais de 2 milhões até outubro deste ano.
"Nós precisamos recuperar as áreas degradadas para ter um Paraná mais verde e mais sustentável do que já somos. Assim, teremos a recuperação da recarga do lençol freático, minimizando as cheias. Quando plantamos uma árvore, estamos infiltrando água no solo, minimizando as cheias e garantindo água na época da estiagem", explicou o diretor-presidente do IAT, José Luiz Scroccaro.
As árvores que abastecem o programa são cultivadas em 19 viveiros florestais e em dois laboratórios de sementes do Instituto. Ao todo, o órgão produz uma variedade de 163 espécies nativas, 26 delas ameaçadas de extinção.