O governador Eduardo Leite assinou, nesta sexta-feira (28/3), no Palácio Piratini, o lançamento do Projeto Reflora, cujo objetivo é recuperar a flora nativa do Rio Grande do Sul afetada pelas enchentes de maio de 2024.
A iniciativa do governo é realizada por meio das secretarias da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), em conjunto com a CMPC, a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), a Universidade Federal de Viçosa (UFV) e diversas instituições de ensino públicas e privadas do RS.
Mais de 6 mil mudas de 30 espécies florestais nativas do Rio Grande do Sul, dos biomas Pampa e Mata Atlântica, vão ser plantadas no Estado. O projeto deve durar três anos, e os principais passos serão: coleta de DNA em campo para as mudas, enxertia, florescimento das mudas e plantio nas principais regiões atingidas pelas enchentes.
"A sociedade gaúcha precisa reforçar um compromisso coletivo com a preservação ambiental. O projeto vai nos ajudar a resgatar o DNA da nossa flora nativa. É um pacto que firmamos com as futuras gerações de gaúchos", destacou Leite. "A importância da preservação da riqueza ambiental precisa ser compreendida por todos. A parceria entre governo, empresas e academia demonstra que a responsabilidade com o meio ambiente é da sociedade em geral e transcende mandatos ou gestões."
As mudas serão produzidas no Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa Florestal (Ceflor), de Santa Maria, que pertence à Seapi; no Jardim Botânico de Porto Alegre, gerido pela Sema; e em viveiros e hortos da CMPC. O processo será realizado ainda em outros viveiros de instituições parceiras do projeto. As mudas vão levar entre cinco e oito anos para florescer após o plantio. O tempo normal é de 20 a 30 anos, mas a tecnologia da UFV aplicada no projeto irá acelerar o processo.
O investimento é de R$ 7,5 milhões, sendo R$ 2,86 milhões da CMPC, R$ 2,34 milhões da Embrapii e R$ 2,30 milhões de contrapartida econômica da UFV. Os recursos serão aplicados no custeio de estruturas físicas (como casas de vegetação e estruturas de fertirrigação), serviços terceirizados de coleta de propágulos vegetativos (estruturas que se desprendem de uma planta adulta e dão origem a uma nova planta), compra de insumos e bolsas de pesquisa.
Teremos a chance de deixar no Rio Grande do Sul uma marca de genética e de tecnologia que acelera a floração de mudas nativas para recuperar o ecossistema de todas as regiões que foram afetadas. É um projeto audacioso, e vamos buscar cada vez mais parceiros", ressaltou o titular da Seapi, Clair Kuhn.