Por: Cláudio Magnavita*

CSN é a sétima devedora do estado: Dívida da companhia passa de R$ 1,8 bilhão

Pouco a pouco a região do Paraíba do Sul tem herdado o passivo ambiental da Companhia Siderúrgica Nacional. A CSN tem deixado para o Rio toda a carga de poluição e descaso como o meio ambiente. Age com uma soberba como se fosse intocável.

A empresa foi um vetor de desenvolvimento regional até a sua virada brusca para São Paulo, transferindo toda o seu quartel general. É o sétimo devedor de impostos do estado do Rio. Só a Procuradoria Geral do Estado do RJ cobra judicialmente R$ 1.692.278.645,59 (um bilhão, seiscentos e noventa e dois milhões, duzentos e setenta e oito mil, seiscentos e quarenta e cinco reais e cinquenta e nove centavos). Em outro CNPJ, a CSN deve R$ 163.155.498,31. São R$ 1,8 bilhão de tributos não recolhidos ao estado que foi abandonado por Benjamin Steinbruch.

A soberba da empresa pode ser medida na forma que empurram com a barriga o Ministério Público Estadual e Federal, que abduzem lideranças locais e até o silêncio da mídia, no caso do impacto ambiental que produzem.

Para que não haja dúvidas da nossa postura e independência, o grupo Correio da Manhã e os seus veículos, inclusive o Correio Sul Fluminense, declaram que, por uma questão de Compliance, não aceitam ter relações comerciais com a CSN e suas coligadas. As nossas críticas e alertas têm como objetivo defender os interesses do estado, da região e, principalmente, da população que vive com o reflexos de danos ambientais que poderiam ser evitados.

É grave o processo da montanha de escória que a CSN coloca a 50 metros do fio Paraíba do Sul, como é grave os R$ 1.800.000.000,00 que a empresa deve na justiça ao povo do estado do Rio. O Correio Sul Fluminense nasce com a missão de cobrar uma atitude cidadã de uma empresa que já orgulhou muito o Brasil e virou ferramenta de um capitalismo extrativista que tudo tira e pouco devolve a sua região.

*Diretor de redação do Correio da Manhã

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