A tragédia da Boate Kiss, que ocorreu em 2013, no município de Santa Maria, Rio Grande do Sul, deixou marcas profundas nas famílias das vítimas, que enfrentam, até hoje, um intenso drama após o incêndio que resultou na perda de 242 vidas.
Logo após o ocorrido, parentes se viram em um estado de choque e desespero, buscando informações sobre seus entes queridos e enfrentando a angústia da incerteza. Muitos vivenciaram uma jornada de luto extremamente dolorosa, tendo que lidar com a perda abrupta de filhos, irmãos, pais e amigos. Esse processo foi agravado pelo fato de que muitos corpos foram irreconhecíveis devido às queimaduras, tornando a identificação das vítimas ainda mais traumática.
Vamos além... pais ou responsáveis das vítimas do incêndio enfrentaram também desafios financeiros, uma vez que muitos dos jovens eram estudantes universitários, cujas despesas eram compartilhadas com suas famílias.
A busca por justiça se tornou uma luta constante para esses familiares, que viram as investigações e o processo judicial se estenderem por anos. Aliás, por falar no julgamento e nas condenações, mais um capítulo foi escrito nesta semana. Por 4 votos a 1, a 6ª turma do Superior Tribunal de Justiça manteve a anulação do júri que condenou quatro envolvidos.
Independentemente dos motivos, sejam eles as "falhas técnicas" e até a reunião envolvendo o juiz com os jurados, sem a presença dos advogados de defesa e do Ministério Público, os únicos que seguem sofrendo, diante de tudo isso, são os familiares que, sem poderem fazer nada, continuam na plateia pedindo nada além da justiça por seus filhos e parentes que tiveram suas vidas arrancadas em um local que estavam, somente, para se divertirem.
Vale ressaltar também, diante todo este cenário não resolvido, o brilhante papel do streaming que, através de um recente documentário e uma série sobre a tragédia, conseguiram levar mais detalhes e informações às casas brasileiras acerca de tudo que aconteceu naquela madrugada do dia 27 de janeiro de 2013.
