Por: José Aparecido Miguel (*)

Geração Nem Nem: como 'resgatar' os 11,5 milhões de jovens que não estudam nem trabalham

1- O "DRIBLE DA VACA" de Bitencourt; Cid preferiu sua liberdade à de Bolsonaro. Por Reinaldo Azevedo. A delação do tenente-coronel Mauro Cid não surpreendeu aqueles que prestavam atenção ao que estava em curso: era muito depoimento para uma simples confissão. Parecia evidente, a quem acompanhava o procedimento, que a colaboração premiada estava a caminho. O que se pode dizer, com certeza, é que a escolha feita pelo militar surpreendeu Jair Bolsonaro e seu entorno. Dava-se como certo Cid era "fiel". Mas quais eram as condições dessa "fidelidade"? Vocês se lembram do chamado "drible da vaca" que Pelé aplicou no goleiro uruguaio na copa de 70? Foi um dos gols mais espetaculares que ele não fez. A bola sobrou à sua frente, ele viu sua trajetória, nem tocou na pelota, deu um drible de corpo fingindo que iria para um lado, foi para o outro, encontrou-se com a dita-cuja às costas do defensor e chutou. Não fez o gol. Lembrança à margem: na mesma Copa, aí contra a Tchecoslováquia, Pelé percebeu o goleiro avançado e deu um chute do círculo central. E, por um capricho do destino, a bola não entrou. Alguns dos gols mais belos da história são de Pelé. Alguns dos mais belos, mas que esqueceram de acontecer, também. Cézar Bitencourt, advogado de Cid, deu o seu "drible da vaca". No jogo de corpo, fez que sairia por um lado e saiu pelo outro. Pode não ser o Pelé do direito, mas marcou o gol. E, então, devemos nos voltar para Jair Bolsonaro. Cada um faça o que quiser, mas se pode questionar a eficácia de determinadas escolhas. Sua defesa parece errática. Ora as joias não são dele e, orgulhosos, dizem: "Entregamos ao TCU". Ora são, e as pedem de volta já que seriam "presentes personalíssimos". Mas o que nunca mudou na defesa de Bueno? A afirmação de que ele próprio, Bolsonaro, não tinha controle sobre o destino dos presentes dados ao Brasil. Evidentemente, Cid percebeu que o seu antigo chefe o havia largado ao relento. Com a delação, Cid pode aspirar até ao perdão judicial. (...) (UOL)

2- PIX PROMOVE inclusão financeira de 71 milhões de brasileiros e cresce mais onde não há bancos. Modalidade, criada em 2020, é mais forte no Norte e Nordeste, onde há menos agências, mostra estudo do Banco Central. Por João Sorima Neto e Letícia Lopes. Onde não há banco, tem Pix. Estudo do Banco Central (BC) mostra que o método de transferência eletrônica criado em 2020 vem contribuindo para a inclusão financeira dos brasileiros — foram 71 milhões de pessoas até dezembro de 2022. "A criação do Pix, que é gratuito, trouxe uma verdadeira revolução para as pessoas que moram em pequenas cidades, distantes dos grandes centros", explica Bruno Diniz, sócio da consultoria de inovação Spiralem, focada em serviços financeiros. (...) (O Globo)

3- GERAÇÃO NEM NEM: como 'resgatar' os 11,5 milhões de jovens que não estudam nem trabalham. Segundo especialistas, evasão escolar no ensino médio é preocupante; País precisa criar um modelo profissionalizante em que adolescente saia da escola com competência para fazer algo específico. Por Renée Pereira e Luiz Guilherme Gerbelli. O número é alarmante: 11,5 milhões de jovens entre 15 e 29 anos não trabalham nem estudam no Brasil - ou seja, é mais que a população de Portugal inteira. Chamado de nem-nem, esse grupo cresceu de forma exponencial nas últimas décadas até atingir o auge na pandemia, de cerca de 30% da faixa etária. Esse número caiu para 23% da população no primeiro trimestre deste ano, segundo dados da FGV Social. Apesar disso, a proporção de jovens nessa condição está acima da média internacional. No ano passado, o relatório Education at a Glance 2022, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostrou que o Brasil tinha o segundo maior porcentual de jovens entre 18 e 24 anos que não trabalhavam nem estudavam. Geração 'nem-nem' e o futuro perdido - Com milhões de jovens brasileiros em situação de vulnerabilidade, sem qualificação adequada e fora do mercado de trabalho, o futuro do País pode estar comprometido se essa ameaça não for combatida de forma eficaz. (...) (O Estado de S. Paulo)

4- A FALÁCIA do parcelado "sem juros". Por Flavio Fligenspan. Consumidores adoram ser enganados com esta ilusão e os agentes do mercado não perdem a oportunidade de se beneficiar da ignorância alheia. A taxa de juros é uma das variáveis mais importantes de uma economia. Junto com a taxa de câmbio, os salários e a inflação, compõe a estrutura de análise macroeconômica de um país ou região num intrincado quadro de interrelações que ajudam a explicar o funcionamento e os problemas de qualquer economia em constante modificação. Não há como estudar a economia de um país sem levar em conta estas variáveis macro; não se pensa em uma economia com juros permanentemente zerados, assim como não pensa em taxa de câmbio zerada, ou preços e salários que não se movem constantemente. Ocorre que na modalidade do parcelado "sem juros", amplamente utilizada no comércio brasileiro e adorada por consumidores e lojistas, a loja vende, o consumidor assume o compromisso de pagar várias parcelas e o risco em caso de não pagamento fica com os bancos. As operadoras das máquinas de cartões tiram a sua parte de duas formas: cobram pela intermediação do negócio e oferecem adiantamento das parcelas a vencer para os comerciantes, com desconto do valor nominal das parcelas, ou seja, cobram juros dos comerciantes numa operação originalmente dita "sem juros". (O autor é professor aposentado do Departamento de Economia e Relações Internacionais da UFRGS-Universidade Federal do Rio Grande do Sul) (...) (sul21)

5- FAUSTÃO - Em casa, Faustão diz que se inspirou em menina de 14 anos. Fausto Silva, 73, falou pela primeira vez após receber alta neste domingo (10) do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. De casa, na capital paulista, ele gravou um vídeo que foi publicado na página Faustão do Meu Coração. "Alô, galera. Agradecimento eterno a cada um de vocês que rezaram, fizeram mensagens de solidariedade, de apoio. Tudo isso me ajudou muito nessa luta pela vida", começou. Na sequência, ele fez um agradecimento aos familiares do doador. O apresentador contou que a enteada do filho João Guilherme Silva, Anne-Marie, foi a sua inspiração. A menina passou por um transplante de coração no ano passado. "Quero dizer que a inspiração deste transplante para mim foi de uma garota de 14 anos, Anne Garnero, que ela ficou seis meses esperando, eu tive mais sorte com a questão do meu tipo de sangue, e ela ficou durante seis meses na espera, já foi transplantada em janeiro do ano passado, e hoje está muito bem, uma vitalidade incrível", contou. (...) (Splash-UOL)

6- GOLPE NO CHILE - Mulheres testemunharam de perto o golpe que, há exatos 50 anos, mergulhou o país em uma ditadura que durou quase 17 anos e matou ao menos 3.200 pessoas. Por Rodrigo Craveiro. (...) (Correio Braziliense)

(*) José Aparecido Miguel, jornalista, diretor da Mais Comunicação-SP,
trabalhou em todos os grandes jornais brasileiro - e em todas as mídias.
E-mail: [email protected]

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