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Esporte mais popular exclui seu povo

O clube de maior torcida do Brasil e com a maior média de público em jogos no futebol brasileiro em 2023 - assim como nos anos anteriores - pode não ter todos os ingressos esgotados para sua principal partida no anto até aqui, a final da Copa do Brasil, no próximo domingo, no Maracanã.

Há ainda ingressos disponíveis e a explicação é bem simples, os bilhetes ainda não adquiridos custam entre R$ 1.000 até R$ 4.500. Valor completamente fora da realidade da população brasileira. Uma diretoria que tem nas mãos um clube como o Flamengo correr o risco de não preencher todo o Maracanã em uma final é o maior sinal possível de incompetência e de erro de estratégia.

Com o fracasso nas vendas dos ingressos caríssimos, começam a surgir ''ações sociais'' para sortear entradas a quem doar sangue, por exemplo.

O caso em questão refere-se ao Flamengo, mas o texto cabe perfeitamente para outros clubes do futebol brasileiro, como o próprio São Paulo, adversário do Flamengo na final, que decidiu adotar a mesma estratégia de vendas elitizada para a partida do próximo dia 24, no Maracanã.

A finalíssima da competição escancara a frieza de grande parte dos dirigentes que comandam clubes extremamente populares e com torcedores em todas as classes sociais. Estes são usados pelos dirigentes, sendo úteis em jogos de pouco apelo ou em campanhas em redes sociais para exaltar o tamanho da torcida. Mas na hora do 'prato principal', são rapidamente abandonados.

Nessa hora apenas o dinheiro tem vez e o ultrapassado lema ''leva quem pagar mais'' acaba prevalecendo.

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