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Horário de verão é necessário?

Um debate que desde 2019 vem à tona: há necessidade do Brasil voltar a ter o horário de verão?

A pergunta gera sim e não de várias pessoas, mas, pelo estilo de vida e clima atual, o fuso ajuda a diminuir despesas?

Estudos mostram que ele deixou de ser instituído pelo fato da economia no gasto não chegar a casa dos 5%. Além disso, o mundo passou por vários ciclos de La Niña (esfriamento das águas do Pacífico) que, no Brasil, remete a mais chuvas justamente nas áreas onde estão concentradas a maioria das represas.

Segundo o Ministério de Minas e Energia, hoje, a média nacional das hidrelétricas está em 70%, um valor significativo e que pode aguentar bastante o verão.

Agora, será que depois do primeiro ciclo de El Niño (aquecimento das águas do Pacífico), sendo este considerado até mais quente do que o de 1997 — um dos piores já registrado —, o horário pode voltar em 2024/2025?

O horário de verão fora benéfico até um certo período, para fazer as pessoas ficarem mais tempo na rua e evitarem utilizar o ar condicionado (principalmente) no horário de pico da noite. De uns tempos para cá, porém, a própria rotina das empresas — e da população em geral — vêm se modificando. A pandemia mostrou que podemos trabalhar remotamente e fazer as tarefas em um tempo hábil, mesclando a rotina doméstica com a trabalhista. Soma-se a isto o fato de que as pessoas estão um pouco mais conscientes com os gastos e com as questões ambientais, aproveitando mais o tempo com sol para resolver suas tarefas e chegar em casa para comer e dormir (praticamente).

Em suma, o horário de verão é algo relativo e depende de vários fatores para o governo decidir. Por mais que venha a ter pressão de alguns setores da economia (e correlatos) para instituí-lo novamente, há outra parcela que defende abolir de vez o fuso. Ou seja, neste cabo de guerra não tem vencedores e perdedores, e sim ideias e prerrogativas para discutir a melhor solução, ano a ano, conforme as condições energéticas e climáticas.

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