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Será que esqueceram das escolas?

Esta semana começou agitada no noticiário brasileiro com os ataques no Rio de Janeiro que resultaram em 35 ônibus, trem e carros de passeio incendiados por criminosos, em resposta a uma operação policial em que um miliciano foi morto durante troca de tiros.

As semanas anteriores foram tomadas pelas notícias sobre a guerra entre Israel e o Hamas, milhares de mortos, brasileiros voltando com a ajuda do governo, grandes potências tomando partido, enfim... nada resolvido e o noticiário continua acompanhando e atualizando toda a população mundial.

Agora, vocês lembram o que aconteceu no dia 5 de abril em Blumenau, no estado de Santa Catarina? Uma creche foi alvo de um ataque e quatro crianças — com idades entre 4 e 7 anos — foram mortas, além de mais cinco feridas. Este caso aconteceu menos de dez dias após uma escola em São Paulo também ser alvo de um aluno, que matou a professora com golpes de faca e deixou outras três feridas.

Nesta semana, muitos talvez nem saibam pelos demais fatos e acontecimentos tanto no Brasil quanto no mundo, outro caso envolvendo uma instituição de ensino aconteceu, também na capital paulista. Uma jovem, de 17 anos, foi morta a tiros e outros três estudantes ficaram feridos.

E por quê estamos falando disso tudo? Porque parece que todo aquele alvoroço para que os órgãos competentes encontrassem uma solução para evitar ataques como estes já não existe mais. Não sabemos nem se policiais continuam auxiliando guardas em rondas escolares por todo o país. Aliás, será que isso existiu realmente na maioria dos municípios?

No início do ano, trouxemos essa reflexão em nosso editorial afirmando que este problema deveria ser levado mais a sério para que alunos e professores não perdessem mais suas vidas. Alguma solução concreta realmente foi proposta pelo governo federal ou órgãos estaduais e municipais?

Reuniões, comissões, grupos foram feitos... Mas onde estão os resultados? Em menos de um mês, dois ataques com mortes — já que não falamos a cima do caso em Minas Gerais, no dia 10 de outubro.

Algo precisa ser feito, e não somente próximo dos casos, mas sim um planejamento de curto e longo prazo. Nossas crianças e professores não merecem ter suas vidas ceifadas. E os 'assassinos', quando são alunos, também precisam de ajuda, antes mesmo de qualquer intenção de cometer algum crime.

 

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