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O ponto positivo da ONU nos conflitos

A soberania do veto no Conselho de Segurança da ONU emperra algumas medidas que o órgão mundial voltado para o diálogo diplomático. Porém, elas podem ser levadas para o plenário. Mesmo não tendo o mesmo efeito, serve de alento para saber as posições dos países em determinados assuntos.

Com 120 votos a favor — incluindo do Brasil — e 18 contrários — incluindo de Israel e dos EUA — a ONU aprovou uma medida da Jordânia para uma trégua humanitária em Gaza, a fim de retirar reféns e pessoas de bem da zona de mais um conflito entre Israel e o grupo Hamas.

Muitos devem saber que uma das causas desse embate tem o dedo da própria ONU que, em 1948, há 75 anos, não fez o seu dever de casa da forma correta, em criar dois estados — um árabe e outro judeu — na antiga colônia britânica da Palestina. Com a proclamação do Estado de Israel, sem a anuência dos povos árabes, iniciou-se a primeira de várias guerras entre nações, principalmente pela questão de Jerusalém, cidade sagrada das três religiões monoteístas do mundo — Cristianismo, Islamismo e Judaísmo.

Com o passar do tempo, além dos conflitos entre os países, grupos extremistas também foram criados, no combate à expulsão do povo judeu nas terras consideradas árabes. Porém, neles, a fúria fala mais alto do que o uso de armas, fazendo com que as trocas de tiros fiquem mais fortes e elevadas.

A consequência disso é o povo de bem tanto do lado árabe quanto do judeus, sofrendo por casas destruídas, vidas sendo assoladas e uma busca de um futuro num horizonte utópico.

Por isso, a aprovação da trégua humanitária na ONU, permitindo corredores para a fuga de civis da Faixa de Gaza, mostra o quanto o diálogo e a diplomacia continuam sendo um instrumento importante na contenção ou mesmo no fim de conflitos. Mesmo que um dos países interessados venha a ter recusado a medida, ele está procurando seguir à risca.

Com isso, um passo foi dado para que pessoas de bem não sofram mais com as bombas atiradas de um lado ou de outro. Que o mundo tenha aprendido com a Segunda Guerra o mal que artilharias pesadas fazem aos cidadãos.

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