Está cada vez mais difícil conviver com a criminalidade na cidade do Rio de Janeiro. E não estamos falando dos ataques aos ônibus da semana passada ou da guerra entre milicianos, polícia, tráfico... Mas sim da rotina de milhares de cariocas que saem todos os dias de suas casas com receio de voltar sem um aparelho celular, carteira ou até mesmo, com medo de não voltar.
Essa é a realidade de muitas pessoas que foram vítimas de bandidos na capital fluminense. Como aceitar trabalharmos meses, anos, para conseguirmos conquistar nossos bens materiais, como aparelhos celulares, para que o mesmos sejam arrancadas de nós de forma cruel e por 'vagabundos' que vivem disso e fazem dinheiro dessa maneira. A troco do que? Na maioria das vezes, um aparelho que custa R$ 3 mil é vendido por menos de R$ 1 mil neste mundo obscuro da criminalidade.
E quase sempre um destino, a região da Uruguaiana, no centro do Rio. Nesta semana mesmo que passou, após conseguirem localizar um celular que havia sido furtado, policiais foram até o local e identificaram receptadores.
São diários os relatos de roubos e mais roubos, o transporte público está virando cenário carimbado. O trabalhador não pode cochilar durante seu trajeto até o trabalho, que acorda já sem seus itens pessoais. E o pior, devem existir 'cursos' para esses marginais, já que na maioria das vezes, o cidadão nem percebe que foi vítima deles no momento exato.
A esperança é que, com os homens da Força Nacional na cidade, para uma integração com as polícias do Rio, esse mal que só traz prejuízo e mancha a imagem do cartão-postal brasileiro seja, aos poucos, ceifado. O carioca não aguenta mais viver nessa tensão, e não merece conviver com isso.