Após aumentar de 32 para 48 o número de seleções classificadas para a Copa do Mundo, medida que já vale para a edição de 2026, que será realizada no Canadá, México e nos Estados Unidos, a Fifa, entidade máxima que rege o futebol mundial, anunciou que a edição de 2030 terá incríveis seis sedes e passará por três continentes.
O torneio começa na América do Sul, com jogos no Uruguai, Argentina e Paraguai e depois vai para a Europa e África, sendo disputada em Portugal, Espanha e Marrocos.
A medida inicial, com o aumento de número de seleções e a desvalorização quase completa de qualquer tipo de competitividade nas Eliminatórias classificatórias para o Mundial já tinha um cunho político, de agradar o maior número de confederações possíveis. Além do interesse financeiro, em poder vender a exibições de mais partidas para patrocinadores.
Agora, as mãos que assinam os papéis do futebol vão além. Não poderiam deixar de fora o Uruguai da Copa de 2030, como forma de homenagear o primeiro país a sediar uma Copa do Mundo 100 anos antes, mas também não seria interessante se afastar da Europa, continente mais influente no futebol mundial, por mais quatro anos. De leva, a Fifa inclui um país africano e tenta desagradar o menor número de confederações possíveis.
Se os novos formatos funcionarão ou não, apenas o tempo dirá, mas é fato que o que comanda o esporte mais amado do mundo não é nenhum critério técnico, e sim os considerados mais interessantes por homens engravatados.
O preço disso é descaracterização cada vez maior do formato mais tradicional e unanimemente aprovado da tão amada Copa do Mundo de seleções.