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Só quem já viveu na pele, que sabe...

Um cenário devastador. Realmente queríamos acreditar que são somente cenas de filmes de conflitos e guerras do passado, mas não... Já se somam quase 1,5 mil mortes e 6,1 mil feridos entre israelenses e palestinos. Um conflito profundamente enraizado em questões históricas, culturais, religiosas e políticas, tornando-o um dos desafios mais complexos da política internacional.

Não tão longe daquela região e também há pouco tempo, muitas vidas também foram tiradas. Entre 2011 e 2021, mais de 306 mil civis foram mortos na Síria por conta da guerra.

Diante de todo esse triste cenário, nos recordamos na história contada por Klester Cavalcanti, o jornalista brasileiro que foi preso e torturado em plena guerra e que deixou registrado todo o seu sofrimento no livro "Dias de Inferno na Síria".

O profissional embarcou com destino final a Homs, então epicentro do conflito entre as forças do ditador Bashar al-Assad e os rebeldes do Exército Livre da Síria. Com muitos obstáculos e sacrifícios, conseguiu chegar àquela região com a missão de registrar a realidade da guerra civil que matara milhares de crianças e adultos, que nada tinham a ver com os problemas. Porém, no fim, ele também foi vítima e registrou na pele tudo aquilo que muitos por lá passaram e não estão, hoje, para contar sua história.

Foram seis dias preso com mais de 20 detentos na mesma cela, sendo torturado. E mesmo assim, conseguiu fazer o seu trabalho. Mesmo da pior forma possível.

Este jornalista que vos escreve, teve a honra e o privilégio de escutar os relatos de Klester em uma palestra e os seus olhos expunham toda a realidade que passou naquele lugar. Agora, passados mais de dez anos do início desta guerra civil na Síria, Israel volta a ser drasticamente atacado e, como resposta, revida à Faixa da Gaza. E toda aquela população? O mundo está voltado para os noticiários que estão, incansavelmente, prestando o serviço de trazer as atualizações da conflito, mas, será que a maioria está somente querendo saber de números ou está realmente preocupada com muitos que ali não tenham a ver com nada que está acontecendo? Que Deus, Jesus, Olorum, Buda, Messias, Maomé ou Alá, seja qual for a nomeação, que todos os seres maiores de proteção divina estejam com todos por lá.

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