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Nova biografia peca pela falta de emoção

Em 2022, o mundo inteiro pôde conhecer mais da história do lendário ícone da música, Elvis Presley, no filme "Elvis", que contou a história do "Rei do Rock" por meio de uma biografia espetacular contada pelo ponto de vista de seu ganancioso e inescrupuloso empresário, vivido por Tom Hanks.

O filme foi um sucesso de crítica e contou com uma atuação espetacular de Austin Butler. Porém, muitos fãs criticaram que omitiram bastante do lado abusivo do cantor, principalmente no que diz respeito a seu relacionamento com sua esposa, Priscilla.

Em cartaz no Festival do Rio, "Priscilla" busca contar o outro lado da história, adaptando sua biografia, que aborda todos os pontos desse polêmico relacionamento com o cantor.

A direção ficou a cargo de Sofia Coppola, enquanto o papel do Rei do Rock ficou com Jacob Elordi.

O filme, infelizmente, é muito decepcionante. Focado em praticamente vilanizar o Elvis, que realmente foi abusivo, já que começou a namorar com Priscilla quando ela tinha apenas 15 anos, o longa não constrói bem a figura do Elvis, em uma atuação sofrível de Jacob, e transforma a Priscilla em uma coadjuvante de sua própria história. Mesmo sendo contada pela perspectiva de Priscilla, o filme a transforma em uma figura sem profundidade, que parece ser quase que carregada pela trama.

Mas o mais complicado da situação é a falta de emoção no projeto. Há situações claras de abuso e libertação, mas nada é trabalhado de modo minimamente humano. Tudo é muito artificial, afastando o público de se envolver emocionalmente com as situações retratadas. É realmente decepcionante ver a condução blasé de Coppola nessa história tão complexa.

 

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