O El Niño e a onda de calor no país
Já era de esperar que o verão seria quente, principalmente pelas as altas temperaturas na Europa, Canadá e Estados Unidos. Porém, ninguém poderia suspeitar que este El Niño fosse um dos mais poderosos e mais devastadores da história.
A onda de calor que cobre o Centro-Oeste e Sudeste do país é um prenúncio do que será nos meses mais quentes: dezembro e janeiro. Se ainda na primavera termômetros estão marcando quase 40°C, com sensações térmicas beirando os 60°C, o verão, que começa oficialmente em 22 de dezembro, deve ter a média mais alta da história de calor já registrada por institutos de meteorologia do Brasil.
Para alívio de alguns, há possibilidade de chuva para o fim de semana. Resta saber se ela virá para refrescar ou deixar a atmosfera ainda mais abafada. De qualquer forma, será um alento para a natureza, que também sofre como essas altas temperaturas.
Alguns pesquisadores associam o calor inesperado nesta época do ano também ao aquecimento global, principalmente ao aumento do desmatamento e do lançamento de gases do efeito estufa na atmosfera. Isso deve ser levado em consideração, pois cria-se uma camada mais densa de poluentes, aumentando a irradiação dos raios solares.
O que devemos é ficar em alerta, pois, com as altas temperaturas vindo aí, a chance de ter picos de luz é grande, já que o consumo de ar-condicionado deve crescer. Além disso, os reservatórios devem ter queda nos níveis de água, uma vez que a carga energética deverá ter uma maior demanda. Ou seja, hora da população começar a se ligar em preservar o meio ambiente, pois, mesmo o El Niño sendo um fenômeno climático de aquecimento das águas do oceano Pacífico, suas consequências estão ficando cada vez mais devastadores, pela falta de cuidado do ser humano com a natureza.
Como o fenômeno deve permanecer até março de 2024, segundo análises preliminares divulgadas por cientistas, o verão no hemisfério sul tem tudo para ser um dos ou até o mais severo dos últimos tempos. Por isso, todo o cuidado será essencial para sobrevivermos a esta condição climática.