Na contramão do Brasil, vendas on-line nos EUA tem faturamento recorde
1-JORNALISMO FRAGMENTADO - Jornalismo nas eleições de 2024 nos EUA será mais fragmentado, diz Ben Smith. Criador do Semafor discute transformações na indústria de comunicação. Por Maurício Stycer. O jornalista americano foi editor do site Politico, editor-chefe do BuzzFeed News e colunista de mídia do The New York Times. No ano passado, apoiado por aportes de investidores privados que somaram US$ 25 milhões, lançou em parceria com o jornalista Justin Smith (não são parentes) um novo site chamado Semafor, no qual combina furos de reportagem com análise profunda dos acontecimentos. Em seu livro "Traffic", publicado neste ano, Smith documenta o impacto que diferentes sites produziram na forma de fazer jornalismo. Entre os muitos padrões alterados, a busca pelo clique e pela audiência moldou o comportamento da nova mídia. (...) (Folha de S. Paulo)
2-O EXÉRCITO E BOLSONARO - Bolsonaro passou de proibido em quartéis a escolhido pelo Exército. Por Fabio Victor. Na tribuna da Câmara dos Deputados, o parlamentar Jair Bolsonaro, já conhecido pela retórica incendiária, estava manso naquele 24 de setembro de 1991. "Jamais terei uma postura, em qualquer organização militar, de afronta a quem quer que seja - seja comandante, seja general, seja coronel ou até mesmo capitães", discursou. Bolsonaro nem tinha completado um ano de seu primeiro mandato de deputado federal. Lamentava-se sobre um informe confidencial do Comando de Operações Terrestres do Exército que disse ter recebido de "um companheiro de farda". O documento descrevia como o deputado andava, por meio de panfletos, "criticando a atual política salarial, os ministros militares e outros chefes, concitando uma tomada de posição individual e coletiva contrária à disciplina castrense". Bolsonaro fora proscrito pela cúpula do Exército por uma série de atos de indisciplina e quebra de hierarquia: insultou superiores, publicou um artigo na Veja reclamando dos soldos e revelou a uma repórter da revista um plano para explodir bombas em unidades militares. Pelas transgressões, no início de 1988 foi julgado e condenado por um Conselho de Justificação, tribunal administrativo militar, segundo o qual o então capitão mentiu "ao longo de todo o processo" e teve "comportamento aético e incompatível com o pundonor militar e o decoro da classe, ao passar à imprensa informações sobre sua instituição". Bolsonaro foi salvo meses depois pelo STM (Superior Tribunal Militar), que o absolveu a partir de uma interpretação exótica sobre os laudos grafotécnicos usados como provas para condená-lo antes. Não chegou a ser expulso da corporação, como ainda hoje muita gente pensa, mas, por lei, seguiu automaticamente para a reserva remunerada quando foi eleito vereador pelo Rio de Janeiro em 1988. (...) (Folha de S. Paulo)
3-ON-LINE - Na contramão do Brasil, vendas on-line nos EUA tem faturamento recorde. Data movimentou S$ 9,8 bilhões em compras on-line no mercado americano, aponta Adobe Analytics. Por Bloomberg. Ao contrário do que indicam as primeiras projeções da Black Friday brasileira, os consumidores americanos gastaram um recorde na data, com US$ 9,8 bilhões em compras online, informou o Adobe Analytics. O resultado trouxe um sinal positivo para os varejistas do país, que enfrentam projeções de vendas fracas para a temporada de fim de ano. No Brasil, ao contrário do que apontavam as projeções de analistas, o faturamento da Black Friday deve ser menor que o de 2022. Um relatório parcial da Neotrust, empresa de dados com foco no comércio digital, aponta uma queda de 13,1% em relação ao ano anterior, com receita de R$ 2,9 bilhões até as 19h59 de sexta-feira. (...) (O Globo)
4-REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA - Prefeitura de SP promove regularização fundiária para beneficiar 220 mil famílias. Medida visa legalizar núcleos urbanos irregulares e melhorar a qualidade de vida da população. A meta da atual gestão é que 220 mil famílias sejam beneficiadas no quadriênio 2021-2024. Por isso, nesse período, mais de 160 mil famílias também deverão deixar de pagar permissão de uso das residências, passando a ser proprietários e a ter garantido o seu direito à moradia. (...) (estudio.folha.uol.com.br)
5-AVIÃO INFLÁVEL - Inflatoplane: fabricante de pneus já fez avião inflável, mas não deu certo. Por Alexandre Saconi. Na década de 1950, um novo modelo de avião prometia ser a salvação para resgatar militares que ficassem isolados em zonas de guerra. Uma aeronave inflável seria lançada a partir de outra em forma de pacote, e o piloto poderia sair de onde estivesse em segurança por conta própria. A ideia de fazer um avião inflável pode parecer ruim. E foi assim que o projeto acabou sendo encerrado após um acidente fatal. O avião era inflável, e poderia ser montado em apenas seis minutos. O modelo poderia ser lançado para os pilotos abatidos em território inimigo em um formato de pacote. O militar o inflaria usando uma pressão menor que a de um pneu de carro. Uma das divisões da fabricante de pneus Goodyear foi responsável por criar o Inflatoplane. Acidente fatal colocou futuro do projeto em teste. Durante um voo, houve uma falha nos comandos do avião, fazendo ele se curvar de maneira excessiva até que a asa não aguentou a força exercida e se dobrou, batendo nas pás do motor. O tecido emborrachado se desfez, e o piloto não conseguiu saltar e abrir o paraquedas a tempo. (Fontes: Livro "As Piores Aeronaves do Mundo", Marinha dos EUA e Museu Nacional do Ar e Espaço Smithsonian) (...) (UOL)
6-RIQUEZAS - Venezuela: as riquezas da região da Guiana que Maduro quer anexar. Por Norberto Paredes. Com uma área superior à de nações como Inglaterra, Cuba ou Grécia, Essequibo é um território repleto de minerais e outros recursos naturais cuja diversidade é uma das maiores do mundo. Além de sua riqueza e das grandes jazidas de petróleo ali encontradas, o território é conhecido por ter sua soberania disputada pela Venezuela e Guiana desde 1841. A Venezuela considera Essequibo, também conhecido como Guayana Esequiba em espanhol, uma "área reivindicada" e geralmente a exibe riscada em seus mapas. Enquanto isso a Guiana, que controla e administra a área, tem seis de suas dez regiões administrativas lá. Mas a Venezuela parece agora determinada a romper a situação. O governo venezuelano anunciou a realização de um polêmico referendo em 3 de dezembro sobre a região disputada. Nele, será perguntado aos venezuelanos, entre outras coisas, se apoiam a criação do estado Guayana Esequiba, além de um plano para conceder a cidadania venezuelana aos seus habitantes. Segundo o governo da Guiana, o referendo representa uma ameaça existencial à integridade territorial do país e pediu ao Tribunal de Haia que o impedisse. (...) (BBC News Brasil)
(*) José Aparecido Miguel, jornalista, diretor da Mais Comunicação-SP,
trabalhou em todos os grandes jornais brasileiro - e em todas as mídias.
E-mail: jmigueljb@gmail.com