Não é receita de bolo, mas a combinação de violência, impunidade e falta de confiança nas autoridades costuma resultar em caos com recheio de barbárie. É isso o que tem acontecido na Zona Sul do Rio de Janeiro.
Após seguidos finais de semana na orla carioca terem sido marcados por uma onda de assaltos e violências, com pessoas sendo furtadas e gravemente agredidas por grupos de criminosos, os chamados "justiceiros" começam a se organizar para confrontar os bandidos.
Vídeos de brigas nas ruas do Rio, inclusive, já começam a viralizar nas redes sociais, mostrando supostos moradores locais "caçando" assaltantes. É o que se chama popularmente de "fazer justiça com as próprias mãos".
A ação condenável, ainda que apoiada por boa parte da população que não aguenta mais os assaltos constantes, mostra que a segurança pública nas ruas da cidade ainda precisa melhorar. A sensação de insegurança e impunidade dá espaço para quem tem sede de responder a violência com mais violência.
Além do descrédito da segurança pública, há a falta de confiança na justiça brasileira. De acordo com o Programa Segurança Presente, 70% dos presos por roubo e furto somente em Copacabana, no primeiro semestre deste ano, são reincidentes. Ou seja, já haviam sido presos ou apreendidos por cometerem o mesmo crime.
Como resolver esta situação que está longe de ser novidade? Quais cenas teremos que presenciar para que uma ação mais efetiva na fonte do problema seja realizada? E se os "justiceiros" atacarem um inocente, quem responderá? O Rio de Janeiro tem solução?
